Bia Ferreira é uma artista brasileira com uma música e mensagens politizadas, onde aborda questões essenciais, como necropolítica, cotas raciais, antirracismo, direitos das mulheres e LGBTQIAP+.
Atualmente em digressão pela Europa, a BANTUMEN aproveitou para conversar com a artista reconhecida pelas suas letras contundentes e que usa a sua arte como tecnologia de sobrevivência. A música é ferramenta para gerar identificação e incómodo, como a própria assinala, com o objetivo de desafiar o status quo e contribuir para a mudança social. Indo muito além do questionamento e da reivindicação, no seu mais novo álbum, Faminta, Bia Ferreira foca-se também nas soluções para estas questões sociais. É exatamente isso que quisemos explorar nesta entrevista, bem como conhecer o seu pensamento sobre afrofuturismo e a abordagem que adota para criar identificação e conscientização nas pessoas em relação ao racismo e à história da colonização, mesmo em ambientes onde o assunto é ignorado ou rejeitado.