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Tony Neves, no Valais - SuiçaMaio rima com Maria e, para os portugueses, dentro ou fora de portas, Fátima ocupa o primeiro lugar. Pudemos verificar isto na celebração do 12 e 13 de maio em Fátima, com a presidência do Cardeal Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre, acabadinho de chegar do Conclave em Roma. E eu também pude tirar essa conclusão na minha ida à Suíça para as celebrações de Nossa Senhora de Fátima em Sion, no Valais helvético.Sair de Roma logo após a eleição do Papa Leão XIV custou, mas parti feliz porque o ‘Habemus Papam’ tinha já sido proclamado na varanda da Basílica de S. Pedro e o Papa Prevost dissera já palavras que me encheram a alma, garantindo a continuidade ao denso e intenso papado de Francisco.A primeira etapa após Genebra aconteceu por terras de França. Fui levado pelo P. José Carlos Vilas Boas a Annecy, a ‘Veneza francesa’, cidade bela e antiga a cuja diocese pertence a Comunidade Espiritana do Bouveret, na Suíça, mesmo na margem do Lago Léman. Nesta cidade fronteiriça, além de um centro histórico belíssimo, pude rezar na Catedral de Notre Dame e subir à imponente Basílica da Visitação que faz memória a Santa Joana Chantal e a S. Francisco de Sales, fundadores das Irmãs da Visitação de Maria, em 1610. São hoje 3000 religiosas em 168 mosteiros, espalhados pelo mundo inteiro. Pude, com alegria, saudar e partilhar um simpático almoço com uma família da minha aldeia natal, que vive nas periferias verdes desta Annecy a transpirar história e espiritualidade por todos os poros.Voltei a cruzar a fronteira, percorrendo o lindo Valais suíço, com montanhas a ladear e proteger áreas de cultivo de damascos, peras e maças. Nas encostas escarpadas, pudemos ver as vinhas que me fazem sempre recordar o alto Douro vinhateiro. Sierre foi porto de abrigo, mas as celebrações de Nossa Senhora de Fátima tiveram lugar na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, na também histórica cidade de Sion.