Tony Neves
As Jornadas Mundiais da Juventude foram um momento enorme de Missão que congregou 1,5 milhão de pessoas no Parque Tejo, mas envolveu muitos outros milhões e marcou quantos a viveram ou acompanharam através dos media. O Papa apelou sempre à missão de uma Igreja, sem medo, sem desânimo, em saída, aberta a todos, onde todos (todos, todos) têm vez e voz. Pediu uma opção clara pelos pequenos e pobres que vivem nas margens e periferias e colocou Maria como modelo. Disse no Parque Eduardo VII, na Celebração de Acolhimento: ‘Dispomos de uma grande ajuda – uma Mãe – que, especialmente nestes dias, nos toma pela mão e indica o caminho. É a maior criatura da história! E não porque tivesse uma cultura superior ou habilitações especiais, mas porque nunca se separou de Deus. O seu coração não se deixou distrair nem poluir: foi um espaço aberto ao Senhor, sempre em conexão com Ele. Teve a coragem de se aventurar pelos caminhos da palavra de Deus e, assim, trouxe a esperança e a alegria ao mundo. Maria ensina-nos a caminhar na vida’.
A intervenção do Papa na Vigília das JMJ volta a insistir na dimensão missionária de Maria que parte apressadamente: ‘Ela cultiva a alegria, pondo-se a caminho. Diz-nos que, para aumentar e conservar a alegria, é preciso aprender a arte do caminho. Esta exige um ritmo cadenciado, regular, enquanto hoje se vive de emoções rápidas, sensações momentâneas, instintos que duram instantes. Não! A alegria não nasce assim. Mas ensina-nos que é preciso a constância da caminhada. Passo a passo chega-se longe!’. E, para quem gosta de futebol, o Papa lembrou que por detrás de um golo estão muitos dias de treino…por trás de uma bela canção, muitas horas de inspiração e trabalho, por trás de uma descoberta importante está muito estudo e investigação.