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O calendário cristão tem muitas festas, mas há três que ultrapassam todas as outras em solenidade: a Páscoa, o Natal e o Pentecostes. Celebramos estes dias a descida do Espírito Santo e, com ela, o dia número um da Igreja.

Ao longo da história, muita tinta já correu sobre o Espírito Santo e a sua Missão. Quando o Papa João Paulo II escreveu ‘A Missão de Cristo Redentor’, um grande documento missionário, chamou ao Espírito Santo o ‘protagonista da Missão’. Ora, o papa Francisco, na audiência que concedeu aos Espiritanos, a 8 de maio, no Vaticano, fez esta citação e pediu a esta Família Missionária que fosse ‘dócil ao Espírito Santo’, fazendo jus ao seu nome, à sua história e à sua espiritualidade.

As palavras do Papa, neste encontro feliz, não foram de ocasião. Pelo contrário, o Papa Francisco fez-nos uma catequese magnífica sobre os desafios da Missão hoje e lançou-nos, sem extintores, para o meio da fogueira do Espírito. Repego em algumas das suas propostas mais radicais e exigentes: ‘gostaria de tomar como ponto de partida, para uma breve reflexão, a passagem do profeta Isaías que escolhestes como guia na vossa Congregação: "Vejam, vou fazer algo de novo" (43,19). É uma expressão muito bonita, e faz parte de um texto que começa: "Não temas [Israel], porque eu te resgatei, chamei-te pelo teu nome, tu pertences-me" (Is 43,1). Quando ouço isto, vem-me à mente a mão de Deus que acaricia, acaricia o povo, acaricia cada um de vós: o Deus terno que acaricia sempre. Detenho-me nestas palavras porque me parecem refletir muito bem alguns dos valores fundamentais do vosso carisma: a coragem, a abertura e o abandono à ação do Espírito para que Ele faça algo de novo’.