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RECEBA O PERDÃO

Pr. Edison Grando

O psicólogo americano Cecil Osborne, em seu livro “A Arte de Compreender o Seu Cônjuge”, falando sobre casos extraconjugais, diz o seguinte:

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Um ponto frequentemente negligenciado concernente a este problema de romance ilícito refere-se à necessidade de autopunição consequente. As pessoas que têm uma consciência bem desenvolvida encontrarão alguma forma de se punirem pelo malfeito. A autopunição é um processo totalmente inconsciente e pode tomar a forma de tendência a acidente, tendência ao fracasso, ou tendência a sintomas físicos e emocionais. Obviamente, há muitas outras razões para o masoquismo, o termo para a autopunição ou necessidade de expiar a culpa através de doença ou desastre.

Muitos acidentes automobilísticos estão inegavelmente relacionados a uma necessidade inconsciente da parte do indivíduo de procurar castigo pelo seu mau procedimento. Ninguém sabe por que a pessoa inconscientemente escolhe um acidente, enquanto outra torna-se física ou emocionalmente doente como forma de autopunição, mas a evidência é incontrovertível. Nós realmente tendemos a nos punir de alguma forma por nossos erros. Às vezes um grande acidente, ou uma sucessão de acidentes pequenos, ou um turbilhão de doenças menores será suficiente para fazer com que o sistema judicial interior sinta que o pecado foi punido, pelo menos temporariamente.

O cristão que crê que os pecados foram expiados, e que pode aceitar e sentir profundamente o perdão de Deus não experimentará qualquer necessidade inconsciente de autopunição; mas, infelizmente, o que a mente crê a alma nem sempre recebe. Tenho observado um número incrível de situações em que crentes fortes sofrem anos de autopunição por culpa não resolvida. O indivíduo sabe que foi perdoado por Deus, mas não pode perdoar-se, e, consequentemente, sente uma necessidade interior de expiar sua culpa através da autopunição.

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O que Osborne menciona sobre pecados de traição nos relacionamentos, também se aplica na nossa vida no caso de outros pecados não tratados, que muitas vezes tentamos “jogar para baixo do tapete” e tornam-se verdadeiros torturadores dentro de nós.

Não viva sua vida com culpas mal resolvidas.

Confesse seus pecados, pois “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia.” (Provérbios 28:13 NVI)

Confie no pleno perdão de Deus, em Cristo Jesus, pois “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1João 1:9 NVI)

É por isso que Davi afirmou: “Como é feliz aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! Como é feliz aquele a quem o SENHOR não atribui culpa e em quem não há hipocrisia!” (Salmo 32:1-2 NVI)