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LIÇÕES DE UM FRACASSO

Pr. Edison Grando

“Pedro estava sentado no pátio, e uma criada, aproximando-se dele, disse: “Você também estava com Jesus, o galileu”. Mas ele o negou diante de todos, dizendo: “Não sei do que você está falando”.

Depois, saiu em direção à porta, onde outra criada o viu e disse aos que estavam ali: “Este homem estava com Jesus, o Nazareno”. E ele, jurando, o negou outra vez: “Não conheço esse homem!”

Pouco tempo depois, os que estavam por ali chegaram a Pedro e disseram: “Certamente você é um deles! O seu modo de falar o denuncia”. Aí ele começou a lançar maldições, e a jurar: “Não conheço esse homem!” Imediatamente um galo cantou.

Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus tinha dito: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes”. E, saindo dali, chorou amargamente.” (Mateus 26.69-74)

Segundo nos conta Mateus, no capítulo 26, versos 33 e 35, Pedro havia declarado: “Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei!” e “Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei”. Mas Pedro negou a Jesus apesar dessas afirmações tão auto confiantes.

Pagamos um preço muito alto quando confiamos em nós mesmos e contradizemos a palavra do Senhor - lembre-se de que Jesus tinha dito que todos o deixariam e Pedro o contradisse.

Pedro não era covarde. Ele realmente estava pronto para enfrentar a morte por Jesus, mas não sem lutar. Ele foi o primeiro a atacar a guarda sacerdotal com uma espada e Jesus teve que impedi-lo de continuar.

Ele poderia até morrer (veja Mateus 26.51, 52), mas não no espírito. Morreria lutando na força da sua carne, sua força natural, e não por uma capacidade superior concedida pelo Espírito de Deus ao seu espírito.

Não estava disposto a entregar-se à morte por seu Senhor como este faria por ele e por todos nós.

Pedro cometeu três erros em cascata: 1) confiou em si mesmo; 2) considerou-se melhor que os demais e, 3) contradisse ao Senhor.

Quando Jesus se entregou sem resistência, Pedro, confuso e amedrontado, esqueceu-se do "juramento" que fizera.

Podemos cometer os mesmos erros e, por isso, devemos temer.

Amar a Deus na força da carne, ou seja, na nossa força natural, só nos faz negá-lo quando mais deveríamos confessá-lo, admitindo nossa total dependência e submissão a ele.

Tenhamos um coração humilde, certos de que só pela graça dele podemos ser fieis, e jamais nos consideremos melhores do que ninguém.

Minha oração é que o Senhor me ajude a perceber o quanto o meu coração é enganoso e assim, temendo negá-lo, eu possa receber forças para manter meu compromisso com ele em quaisquer circunstâncias.