QUANDO NÃO QUEREMOS OUVIR
Pr. Edison Grando
“Ouvindo isso, ficavam furiosos e rangiam os dentes contra ele.” (Atos 7.54)
O discurso de Estevão é um exemplo de que as pessoas não gostam de ouvir verdades que as desnudem e condenem, embora esta seja a sua necessidade.
Também é um exemplo de quão destemido e fiel um homem de Deus tem de ser.
Estevão poderia ter feito um discurso em sua defesa, tentando poupar sua vida, mas sob convicção do Espírito Santo e com rosto cheio de autoridade, entrega o recado de Deus.
Estevão mostra que assim como os antepassados daqueles judeus haviam rejeitado a José e a Moisés, homens que Deus havia levantado para salvá-los, agora eles estavam cometendo o pecado de rejeitar a Jesus, o próprio filho de Deus.
Também demonstrou que, tanto no caso de José como no de Moisés, o mesmo que eles haviam rejeitado foi aquele a quem tiveram de submeter-se. Com isto Estevão deixa claro que, tendo eles rejeitado a Jesus, Deus deu provas, por meio da ressurreição, que Ele era o Cristo. Assim, eles precisavam se arrepender do que haviam feito e submeter-se a Jesus.
Era esta, exatamente, a palavra que eles precisavam considerar, mas que não queriam ouvir.
Não é incomum agirmos assim com Deus. Não aceitamos a sua repreensão e, por isso, erramos ainda mais. Foi este o caminho escolhido por Caim (Gênesis 4). Quanto mais Deus lhe mostrava o perigo de suas escolhas e de seu caminho errado, mais ele endurecia o coração.
Precisamos aprender que, muitas vezes, a palavra que menos queremos ouvir é a de que mais precisamos.
Dá-me, ó Deus, um coração quebrantado e pronto a atender à tua repreensão, seja por que meio ela vier.
“Disciplina rigorosa há para o que deixa a vereda, e o que odeia a repreensão morrerá.” (Provérbios 15:10), e “Os ouvidos que atendem à repreensão salutar no meio dos sábios têm a sua morada.” (Provérbios 15:31)