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A semana começa com os principais mercados asiáticos encerrando a sessão com ganhos, mesma direção apontada pelos futuros em Wall Street, com os investidores avaliando a perspectiva de mais aumentos de juros na próxima reunião do FED e uma desaceleração econômica na maior economia do mundo.
As ações em Hong Kong e Xangai lideraram os ganhos antes dos dados de terça-feira, que devem mostrar aumentos na produção industrial e nas vendas no varejo, à medida que a China continua sua recuperação dos bloqueios impostos por sua política de Covid Zero. Enquanto isso, o Banco Popular da China manteve inalterada a principal taxa de empréstimo e fez a menor injeção de liquidez desde novembro.
O S&P 500 subiu 0,8% na semana passada, enquanto o Nasdaq encerrou praticamente estável (+0,1%). Os traders de swaps aumentaram as apostas para uma nova alta de 0,25 p.p nos juros para um número próximo a 75% na reunião de 3 de maio.Ao mesmo tempo, um indicador de risco de mercado caiu para o nível mais baixo em mais de dois meses, à medida que a volatilidade diminuiu, bem como as preocupações com os problemas no setor bancário.Entre os destaques da semana, os investidores estão aguardando o lançamento do Livro Bege e comentários de autoridades, incluindo John Williams, Raphael Bostic, Loretta Mester e Lisa Cook. Os mercados foram pegos de surpresa na semana passada depois que um representante do Fed, Christopher Waller, disse que era a favor de mais aperto nas políticas monetárias na batalha do banco central contra a inflação.O setor financeiro teve desempenho superior na semana passada, com o JPMorgan Chase & Co. e o Citigroup Inc. liderando a carga após os ganhos, e o setor permanecerá na berlinda nesta segunda-feira, quando a Charles Schwab e a State Street Corp. relatarem seus números. Bank of America e Goldman Sachs Group apresentarão relatório no final da semana, assim como Netflix Inc.Entre as commodities, o petróleo Brent opera na região dos US $86,00 o barril, após registrar sua quarta semana de ganhos em meio a sinais de aperto no mercado global. Por aqui, o presidente Lula retornou ao Brasil neste domingo depois de viagem à Ásia. Nesta semana, o chefe do Executivo deve priorizar o envio da nova regra fiscal ao Congresso. A expectativa é de que o texto seja encaminhado ao Legislativo até 3ª feira (18.abr).
Lula deve aproveitar o encontro com congressistas que visa a discutir medidas contra a violência nas escolas para entregar a proposta. A reunião está marcada para amanhã e deve ter a participação dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado; e Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), além de governadores, ministros e representantes dos prefeitos.De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o novo arcabouço fiscal vai “exigir” a queda da taxa básica de juros, a Selic. Segundo ele, não há motivos para o país ter os maiores juros reais do mundo com as contas públicas equilibradas.“Isso vai exigir, mais do que permitir, uma queda da taxa de juros. Porque, se as contas estão em ordem, não tem porque pagar um juro tão alto, que é o maior do mundo hoje”, declarou em entrevista à rádio BandNews FM nesta 5ª feira.
