Empresas familiares de micro e pequeno porte também podem ser longevas.Segredo está em inovar e fazer a empresa crescer
Mais da metade das micro e pequenas empresas brasileiras são consideradas familiares, ou seja, possuem um membro da família como sócio ou empregado. De acordo com o Sebrae, de cada cem empresas familiares abertas no país setenta fecham as portas na segunda geração. O ciclo médio dessas empresas é de 24 anos, e somente uma minoria perdura até a terceira geração.
Uma dificuldade é preparar a sucessão, principalmente quando os filhos não têm os mesmos interesses que os pais. Outro fator que influencia é o tamanho da empresa, alerta o economista Fernando José, diretor da Problem Solution - Consultoria de Gestão Empreendedora e Performance. “Se ficar a vida inteira como uma empresa tão pequena, por que ela vai ser sucedida, por que vai durar uma, duas ou três gerações?”.
O economista defende que o interesse à sucessão da empresa seja despertado pela lucratividade. Segundo ele, a empresa familiar tem que valer a pena pelo esforço, pelo risco. E isso irá definir se ela pode se tornar uma empresa com uma perspectiva de vida maior.
O planejamento sucessório deve ser adotado por todos os empresários que visam manter o comando do seu patrimônio empresarial com a família por longos anos. Mas capacitar os herdeiros não será suficiente se não houver um plano adequado a cada situação e tipo de negócio. A empresa precisa ser planejada, saber enfrentar crises, inovar e se renovar o tempo inteiro, o que passa por um pensamento de gestão. “Ter o pensamento ordenado desde o início do negócio faz com que os conflitos sejam solucionados de maneira mais eficaz, e o ambiente de crescimento se torna muito melhor”, conclui o diretor da Problem Solution.