O brasileiro Pedro I (1798-1834), o chileno Bernardo O’Higgins (1778-1842), o uruguaio José Artigas (1764-1850) o venezuelano Antonio José de Sucre (1795-1830), o paraguaio Fulgencio Yegros (1780-1821), o outro venezuelano Francisco de Miranda (1750-1816), o peruano Tupac Amaru (1738-1781), o equatoriano Eugenio Espejo (1747-1795), o boliviano Andrés de Santa Cruz (1792-1865) e o colombiano Antonio Nariño (1765-1823). Os libertadores da América não eram unificados. Pedro I e Tupac Amaru tinham pouquíssimo em comum, mas se encontravam historicamente ao representarem a luta contra o domínio europeu no continente americano. Mas o campeonato Libertadores da América não começou com essa referência, quando foi criado em 1958, era chamado de Copa dos Campeões da América do Sul, uma clara influência da Copa dos Campeões da Europa. Foi somente em 1965 que o nome mudou para Copa Libertadores da América, e deu pra perceber que a mudança de identidade do campeonato mudou completamente, afinal, se antes era uma espécie de cópia sul-americana do campeonato europeu, a partir de 65 se tornou uma afronta, uma cutucada no velho mundo. A ideia era fazer com que a Libertadores fosse mais nativista, algo que contribuísse pra construir uma identidade em todo o continente sul-americano, fazendo com que uruguaios, chilenos, brasileiros, paraguaios, argentinos e outros, se reconhecessem como mais próximos uns dos outros, do que de qualquer europeu.