Listen

Description

Um dos presidentes mais populares e famosos do país foi um homem chamado Juan Domingo Perón, chamado apenas de Perón. Ela era um populista clássico! Se fossemos fazer uma comparação com o Brasil ele era tipo um Getúlio Vargas. Só que o interessante é que não era só Perón que era bastante conhecido no país, mas sua esposa também, a Eva Perón. Alguns historiadores até dizem que a Eva Perón tinha mais prestígio social que o marido que era presidente. A sua primeira passagem pela presidência da Argentina foi entre 1946 até 1955. Como todo presidente, mesmo sendo bastante popular Perón estava sofrendo uma série de pressões internas para mudar algumas políticas. Um dos principais grupos que faziam oposição ao presidente era uma parte das Forças Armadas que estavam o ameaçando com um golpe militar. Para demonstrar que tinha o apoio popular, milhares de pessoas foram a Casa Rosada (nome do palácio onde fica o presidente) se manifestar contra o que estava acontecendo e a favor do Perón. Só que nesse dia, 16 de junho de 1955, as Forças Armadas vão tentar um golpe de Estado contra Perón. E o quando o exército quer dar um golpe, o que eles geralmente fazem? Tiram o presidente. Mas nesse dia não foi assim. As forças armadas, principalmente Marinha e Aeronáutica, se organizaram para bombardear o entorno da Casa Rosada, ou seja, bombardear a PRÓPRIA POPULAÇÃO! Isso realmente aconteceu e mais de 30 aeronaves sobrevoaram a Praça de Maio e lançaram as bombas bem onde os manifestantes estavam, simples assim. Foi literalmente um massacre! As fotos são horríveis e a imprensa mundial ficou chocada com a brutalidade e a forma que os Militares tentaram tirar Perón do poder. Por baixo, pelo menos, 320 civis foram mortos nesses bombardeiros e outras centenas ficaram feridas. Essa ação foi entendida como uma tentativa de golpe contra o Perón que conseguiu organizar parte do exército que o apoiava para “limpar” esses rebeldes das Forças Armadas e conseguiu se manter no cargo. Ou seja, todas essas pessoas morreram para nada. Não dá para gostar de um país que mata a sua população assim, a sangue frio em uma tentativa de golpe.