A partir de 2002 a penitenciária de Guantánamo se tornou um lugar onde os acusados e julgados por terrorismo eram presos. Só que como prática de obtenção de informações a tortura passou a fazer parte do cotidiano.
Depois de 2001 o mundo mudou. Os ataques às Torres Gêmeas colocaram não só os EUA, mas o mundo como um todo em estado de atenção e medo. Logo em seguida o presidente George W. Bush declarou a Guerra ao Terror e que iria acabar com todas as células terroristas.
Diversas agências dos EUA começaram a trabalhar não só na investigação, mas na prevenção a atos terroristas. Nesse assunto a CIA (Central Intelligence Agency) passou a ter um papel muito importante prendendo pessoas que tinham algum tipo de relação com grupos terroristas como o Talibã e a Al-Qaeda.
Mas como a islamofobia nesse período atingiu níveis enormes, muitas prisões de pessoas que não tinham nenhuma relação com grupos terroristas. Eram apenas árabes ou muçulmanos.
Essas pessoas foram mandadas para uma prisão chamada Campo de Detenção da Baía de Guantánamo, que fica localizada na ilha de Cuba. Logo em 2002 chegou o primeiro grupo de 20 combatentes que foram capturados no Afeganistão e levados para Guantánamo.
O governo Bush classificou esses primeiros 20 prisioneiros em Guantánamo como Terroristas, e quando isso é feito o governo não precisa obedecer a Convenção de Genebra, que é uma espécie de conjunto de regras básicas do que pode ou não ser feito com prisioneiros etc.
Em novembro desse ano, um brother chamado Willian J. Haynes, que era um psicólogo, recomendou técnicas agressivas para tirar mais informações sobre os grupos terroristas. Só que com técnicas agressivas ele meio que autorizou a tortura.
Em novembro desse ano, um brother chamado Willian J. Haynes, que era um psicólogo, recomendou técnicas agressivas para tirar mais informações sobre os grupos terroristas. Só que com técnicas agressivas ele meio que autorizou a tortura.
Esses dois psicólogos chegavam para a CIA dizendo ter uma série de estudos comprovando que a tortura era muito efetiva para extrair informações e quando o prisioneiro se recusava a falar algo, eles acreditavam que as torturas tinham que ser mais graves para extraírem o que queriam ouvir.
Dentre os métodos, os psicólogos ensinavam que trancar em pequenas salas, ligar um som altíssimo, induzir afogamento, simular estupros e restrições alimentares.
Em 2004 a Suprema Corte americana concedeu a permissão dos prisioneiros o direito de apelar à justiça caso seus direitos estivessem sendo descumpridos. Após esse ano, Guantánamo começou a entrar no radar da mídia porque começaram a surgir algumas fotos de prisioneiros que eram fotografados nessas situações humilhantes.
Essa pressão da mídia deu certo e conseguiram levar um desses militares que foram fotografados torturando prisioneiros para julgamento. Charles Garner, soldado acusado de ser o mentor dos torturadores é julgado por esses crimes, mas em 2007 conseguiu ser absolvido.
Em 2006 a nossa querida ONU entra na parada e produz um relatório denunciando essas torturas e recomenda que a prisão de Guantánamo seja fechada.
Em 2008 o diretor do FBI afirma em uma comissão do congresso que não só as torturas aconteceram como eles extrapolaram o que os psicólogos ensinaram. Os agentes da penitenciária colocavam os prisioneiros em altas temperaturas e desrespeitavam o Alcorão.
Nesse período Obama estava em campanha eleitoral e caso vencesse prometeu fechar Guantánamo e encerrar os casos de tortura contra presos nos EUA. Em 2009 ele assumiu como presidente e cumpriu sua promessa de campanha e fechou a penitenciária.