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A busca pela comprovação da existência de Jesus Cristo é antiga. Muitos defendem que ele de fato tenha existido, por mais que as provas que sustentam essa tese sejam questionáveis. Já outros, defendem que não podemos afirmar a existência de uma figura histórica sem uma comprovação material. Mesmo sem termos a resposta de maneira objetiva, a subjetividade do tema permite o debate. O pesquisador Joseph Atwill é ousado e categoricamente defende a negativa: "Acho que o cristianismo tem sido uma catástrofe. Se você olhar na história, ele criou a Idade das Trevas, as Cruzadas foram uma desgraça absoluta e a Inquisição também foi uma abominação moral. Se você observar o século 20, as nações cristãs massacraram umas às outras, com mais de 120 milhões de pessoas morrendo em guerras. Acredito que as pessoas não deveriam ter medo de um mundo sem cristianismo fazendo o papel de uma força moral maior, porque observando eventos anteriores, o cristianismo não foi bem sucedido no passado". Entretanto, as cartas de Paulo, dos anos 40 e 50, os Evangelhos, feitos a partir de 70 d.C, e até relatos não cristãos como os do historiador judeu Flavio Josefo e do romano Tácito, fundamentam o argumento contrário ao de Atwill. Um dos defensores da existência de Jesus é André Chevitarese, professor do Instituto de História da UFRJ e autor dos livros Jesus Histórico – Uma Brevíssima Introdução. Cheviraterese afirma que: “Os historiadores não buscam um ser divino, que é impossível de quantificar, medir e avaliar. O Jesus da história é estritamente humano”. Entretanto, até mesmo os defensores da sua existência são objetivos em dizer que o Jesus da Bíblia é diferente do Jesus Histórico. Não atribuindo à figura histórica milagres ou coisas inacreditáveis.