O rei Henrique II da Inglaterra era um rei excêntrico. Certa vez ele foi à cidadezinha de Winchester e permitiu que a plebe “realizasse uma eleição livre”, mas proibiu “de eleger qualquer um que não fosse Ricardo, meu escrivão”. Ele governou a Inglaterra bem no meio das Cruzadas. Período da história onde cristãos foram até o Oriente Médio pra lutar contra muçulmanos. Nessa época, vale ressaltar, os muçulmanos eram vistos como inimigos da cristandade. E justamente nesse período que Henrique II da Inglaterra, que também era o duque da Normandia e da Aquitânia, conde do Maine, Anjou e Touraine, senhor áreas da França, chega a enviar uma carta ao Papa Alexandre III em tom de ameaça, dizendo que ele poderia se converter ao Islamismo. Pois é. É difícil saber as reais intenções de Henrique II. Talvez fosse apenas um blefe ou algo do gênero, mas a verdade é que ele desde criança mostrou-se minimamente interessado pela religião islâmica. Isso porque os pais de Henrique seguiram o conselho de William de Malmesbury: “um rei sem letras é [apenas] um asno com uma coroa". Por isso ele sempre estudou muito, incluindo outras culturas. E desde cedo ele mostrou um interesse especial pelo Islamismo e até pela língua árabe e tudo indica que ele sabia falar muito bem o idioma. As motivações de Henrique II para a conversão do Islã foram basicamente questões familiares. Casos de família. Casos de família real.