A professora pega o desenho da minha mão.
─Nossa, tá feio isso aqui, você usou as cores todas erradas ─ ela diz alto.
Eu tinha apenas 7 anos.
Desde aquele dia, tive medo da minha criatividade.
CRÔNICAS DA VIDA CRIATIVA
A criatividade é um animal selvagem.
É mais fácil assustá-la do que domesticá-la.
Crianças passam por situações semelhantes a que eu vivi, todos os dias.
Seja na escola, em casa ou na empresa sempre há palavras que arranham a nossa autoestima.
Claro que não vivemos apenas de elogios, mas o processo de exploração e descoberta é um rito de passagem, uma metamorfose.
Tudo é muito frágil quando abraçamos a coragem de ir por caminhos novos.
Se uma criança pinta o céu de rosa ou uma árvore de azul, o que ela espera não é aceitação apenas, mas provar que consegue pensar por conta própria e que tem coragem pra isso, mesmo que inconscientemente.
É a mesma coisa quando um adulto busca resgatar a sua criatividade e enfrentar antigos medos, na tentativa de ser uma pessoa melhor e um profissional mais eficiente.
Crescemos com muita gente tentando nos “ensinar” como as coisas devem ser, sem espaço para experiências genuínas de aprendizado, quando a criança se permite criar a sua própria versão da realidade e manter viva e livre a sua criatividade.
Escolas e empresas crescem e evoluem quando valorizam a opinião das pessoas que questionam o que está pronto, e dividem suas descobertas com outras pessoas.
A criatividade é um animal selvagem.
Ela se aproxima sorrateira quando cria confiança, mas foge ao menor barulho.
Esses sons são a crítica de outras pessoas.
Devemos aprender a lidar com isso, porque a criatividade é filha das nossas emoções.
E se elas não estiveram equilibradas é impossível criar inovação.
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