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Trabalhos maçônicos de José Geraldo de Lucena Soares

FINS SUPREMOS DOS PRINCÍPIOS MAÇÔNICOS

Em trabalhos anteriores divulgados neste blog estudamos ligeiramente os conceitos de princípios e postulados maçônicos, especificando-os, e ainda comentamos isoladamente, cada um destes cinco princípios.

Toda esta matéria encontra-se inserida no primeiro artigo da Constituição do Grande Oriente do Brasil de 17 de março de 2007, E∴V∴

Apenas para relembrar o leitor podemos observar que este primeiro artigo da Constituição do Grande Oriente do Brasil é composto de cinco princípios, três fins supremos e quatorze cultivos ou recomendações abrangendo praticamente toda substância da Ordem cuja fonte é o Código Landmarks.

Sobre os Landmarks dissertamos e foram também divulgados neste blog. Nesta oportunidade examinaremos rapidamente esses fins supremos – Liberdade, Igualdade e Fraternidade – do dispositivo constitucional aludido e que abrangem todos os cinco princípios enunciados e comentados. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são três institutos que formam o lema de anseio de toda Humanidade em todos os tempos, especialmente quando se formou a comunidade política e social a que se refere Rousseau (1712/1778) em seu “Do Contrato Social” com a estrutura também científica e filosófica de John Locke (1632/1704), além de outros doutrinadores de épocas e nacionalidades diversas. Mas este lema, Liberdade, Igualdade e Fraternidade, como muitos pensam, não foi criado pela Maçonaria e muito menos pela Revolução Francesa de 1789. Em rápida pesquisa encontramos fragmentos em documento escrito de concessão de liberdade na Idade Média, mais precisamente na Magna Carta de João-Sem-Terra, de 15 de junho de 1215, quando ali constou a expressão “homens livres”, exprimindo a ideia de que a partir daquela data a nobreza e o clero seriam beneficiados com uma liberdade relativa, mas que deveriam em troca oferecer mais lealdade a Coroa. Igualmente, foram encontrados vestígios em 1694 nos ensinamentos da seita “Comunismo Cristão” criada por Johanes Kelperès, consistente na crença de três entidades reunidas em uma só : distribuidor ou espalhador de Justiça, sugerindo o sentimento de Igualdade; o chefe, conhecido com irmão-mestre, representando a Fraternidade e o doador da liberdade, surgindo, assim, esta última figura do lema: Liberdade. Na verdade, o lema da Revolução Francesa de 1789 era “Liberté, Égalité ou la Mort” (Liberdade, Igualdade ou a Morte). Somente em 1848 com a Segunda República Francesa é que as palavras “ou la Mort” foram substituídas pela atual “Fraternidade”. Foi aí que a Maçonaria Francesa passou a usar esse lema completo e alterado – Liberdade, Igualdade e Fraternidade – e como suas lojas influenciaram as demais na Europa, espalhou-se pelo mundo a pseuda ideia de autoria maçônica. Por outro lado e a título de ilustração histórica, o pensamento de três entidades em uma só, da seita “Comunismo Cristão”, foi inspirado no dogma do Mistério da Santíssima Trindade do cristianismo romano, debatido no Concílio de Nicéia I no ano 325 d.c.(E.’.V.’.), convocado pelo Imperador Constantino.