O tratamento para Alzheimer tem como objetivo principal aliviar os sintomas, melhorar a qualidade de vida do paciente e desacelerar a progressão da doença. Embora ainda não exista uma cura definitiva, diversas abordagens podem ser eficazes.
1. Tratamento Medicamentoso
Os medicamentos mais utilizados incluem:
• Inibidores da colinesterase: Melhoram a comunicação entre os neurônios, como donepezila, rivastigmina e galantamina.
• Memantina: Regula a atividade do glutamato, um neurotransmissor associado à memória e ao aprendizado. Geralmente usado em estágios moderados a graves.
• Tratamento de sintomas associados: Antidepressivos, ansiolíticos ou medicamentos para insônia podem ser indicados.
2. Terapias Não Medicamentosas
• Estimulação cognitiva: Exercícios que ajudam a preservar habilidades cognitivas e funcionais.
• Fisioterapia e terapia ocupacional: Melhoram a mobilidade, equilíbrio e independência em tarefas diárias.
• Terapias alternativas: Musicoterapia, arte-terapia e atividades recreativas podem ajudar na socialização e no bem-estar emocional.
3. Suporte Nutricional
Manter uma dieta equilibrada, como a dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e ácidos graxos ômega-3, pode contribuir para a saúde cerebral.
4. Adaptações no Ambiente
• Tornar o ambiente mais seguro para prevenir acidentes.
• Uso de lembretes visuais e dispositivos que facilitem as atividades do dia a dia.
5. Apoio ao Cuidador
Cuidadores precisam de suporte emocional e treinamento adequado para lidar com as necessidades do paciente e com os desafios do dia a dia.
6. Pesquisas e Novos Tratamentos
• Terapias experimentais, como imunoterapia, têm mostrado avanços promissores. É importante acompanhar novidades em estudos clínicos.
Consulte um neurologista ou geriatra para um plano de tratamento personalizado e suporte contínuo. A intervenção precoce pode fazer uma grande diferença no manejo da doença.
Nos últimos anos, foram aprovados novos medicamentos para o tratamento da doença de Alzheimer, especialmente em estágios iniciais. Abaixo, destacamos alguns desses tratamentos:
1. Lecanemab (Leqembi)
Aprovado nos Estados Unidos em janeiro de 2023, o Leqembi é um anticorpo monoclonal que visa reduzir as placas de beta-amiloide no cérebro, associadas ao Alzheimer. Estudos indicam que ele pode retardar o declínio cognitivo em pacientes nos estágios iniciais da doença.
2. Donanemab (Kisunla)
Em julho de 2024, a FDA aprovou o donanemab para pacientes com Alzheimer em estágio inicial. Este medicamento demonstrou retardar a progressão da doença, reduzindo significativamente as placas amiloides no cérebro. No Brasil, a farmacêutica Eli Lilly submeteu o donanemab para avaliação da Anvisa em outubro de 2023, e aguarda-se a conclusão do processo regulatório.
3. Aducanumabe (Aduhelm)
Aprovado nos EUA em 2021, o Aduhelm foi o primeiro medicamento em quase duas décadas a ser autorizado para o tratamento do Alzheimer. Ele atua visando a redução das placas de beta-amiloide no cérebro. Contudo, sua eficácia gerou debates na comunidade médica, e seu uso é indicado para casos específicos.
Considerações Importantes
• Eficácia e Segurança: Embora esses medicamentos ofereçam esperança, é crucial considerar os potenciais efeitos colaterais, como inchaço cerebral e hemorragias, além de avaliar a relação entre benefícios e riscos.
• Acesso no Brasil: Atualmente, esses medicamentos estão em processo de avaliação pela Anvisa. A disponibilidade para uso clínico no Brasil dependerá da aprovação regulatória e de questões relacionadas a custo e acesso.
• Consulta Médica: É fundamental discutir com um neurologista ou geriatra a adequação desses tratamentos para cada caso específico, considerando o estágio da doença e as condições de saúde do paciente.
A pesquisa em Alzheimer continua avançando, e é essencial manter-se atualizado sobre novas opções terapêuticas e diretrizes clínicas.