Ser livre. Ser nómada. A adaptação aos momentos de solidão.
O Caminho de Santiago no Verão de 2020 que conduziu à clareza do que já não se queria ter na vida e da necessidade de ser genuíno e honesto consigo próprio.
O projecto de viver numa carrinha, a liberdade, autonomia e responsabilidade da Van Life como forma de quebrar a vida em piloto automático cheia de responsabilidades que fazem parte do corresponder às expectativas da sociedade.
Aquilo que aprendemos sobre o amor romântico nos filmes, nas novelas, através da música como uma influência ou encurtar das possibilidades de modelos de relações - a pressão de corresponder a expectativas que pode fazer anular partes de nós mesmos para fugir ao conflito.
Porque nos esquecemos que o conflito e o atrito nos podem levar a um lugar melhor de nós mesmos ou da dinâmica em que estamos?
A honestidade “cruel” como pilar fundamental da relação não-monogamica.
O ciúme como caixa de emoções: insegurança, rejeição que aparecem sempre independentemente do modelo de relação.
O amor próprio e o ser válido sem estar numa relação - a aceitação e o reconhecimento das coisas que não se gosta como o primeiro passo para fazer algo em relação a isso.
O facto de não sermos bons “em nada” quando começamos e o tempo ser algo importante na desconstrução dos sentimentos/emoções de cada um. Comunicação e disponibilidade.
A importância do diagnóstico para se encontrar soluções ou alternativas de ação, ferramentas para a solução. Mas não será o diagnóstico apenas mais uma etiqueta do ser?
A saúde mental, os episódios depressivos e os mecanismos possíveis para os ultrapassar ou para simplesmente “passar” por eles.
A possibilidade de treinar o corpo para experiências e sensações incríveis.
A honestidade como valor principal da relação não-monogamica.
A informação evita sofrimento. Mas às vezes destrói. Contradições que residem na forma e no tempo da partilha da mesma. A confiança. A expectativa.
A partilha sem qualquer peso como forma de demonstrar as emoções, situações ou vontades do momento de forma transparente. Respeito ao outro e a si mesmo.
A honestidade como única expectativa de parte a parte. Sem erros e sem conflito, a narrativa não avança. Ser “moldável”. E o amor que não se esgota. O amor romântico que não deve diminuir o amor que sentimos pelos outros.