Depois que seu filho nascer você vai sentir falta do silêncio em algum momento.
Um dia, você vai brigar com seu marido, não importa o quanto você o ama.
Em algum momento você vai se estranhar com a sogra, não importa se ela é como uma mãe.
Você vai correr aos primeiros choros do bebê e correr dos últimos querendo uma ajuda dos céus.
Você vai ter certeza que ninguém fica cansado mais que você, ninguém faz tanto quanto você. E ninguém tente te mostrar que não é bem assim.
Você vai fazer por todos e se sentir carente porque ninguém faz por você. Mesmo que façam.
Você vai ter certeza que mãe é quem aguenta tudo.
Você vai se irritar com visitas que chegam a partir das 18h.
Se você tiver um cachorro, vai se esquecer de como ele era tão importante na sua vida. Aliás, o cachorro vai virar um laboratório de como seu filho se comporta com ele a cada mês. Juro. Acontece.
Você vai fazer algum sacrifício que jamais imaginou fazer. Nem em promessa você pensaria em fazer isso! No meu caso, fiquei sem leite e derivados por meses.
Você vai amar sua empregada/faxineira/babá se seu filho sorrir a cada vez que ela chegar. Sinal que ela o trata bem.
Em algum momento de um dia difícil, mães sabem o isso significa, você vai lembrar da sua vida de antes com muita saudade. Talvez até pense em fugir de casa, já se imagina num avião, óculos escuros e um passaporte na mão.
Depois você acorda do sonho e vai tentar fazê-lo dormir-parar de chorar- comer- tomar banho etc etc etc É o jeito…. E você descobre que todos podem fugir um pouquinho menos a mãe. Mesmo que queira.
Você vai ter medo da madrugada. Ela vira sua inimiga até virar uma companheira.
Em algum momento você vai pensar em como seria sua vida sem filhos. E em algum momento você não consegue mais imaginar essa hipótese. Nem quer, na verdade. O desejo da mãe é que a vida fosse igual, mas com um novo integrante.
Parece piegas, mas é verdade: mãe é padecer no paraíso.