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Sabe, às vezes a gente passa a vida inteira buscando grandes respostas…

Mas, no fundo, o que mais vale nessa pequena jornada que é a vida, é o simples ato de estender as mãos.

Eu cresci numa família que foi muito ajudada… e que nunca deixou de ajudar.

Aprendi cedo a não desperdiçar nada — nem o arroz do prato, nem as oportunidades de fazer o bem.

Não conheci abundância na infância, mas aprendi que a verdadeira riqueza está em olhar para o lado e perceber quem precisa de nós.

Ajudar não é só dar.

É estar presente.

É oferecer escuta, atenção, um abraço, um olhar que diga: “tô aqui, contigo”.

Tem momentos em que o outro não pede nada além disso, presença.

Estender as mãos é mais do que um gesto.

É um modo de viver.

É permitir que a compaixão que mora dentro da gente encontre espaço pra agir.

E o mais bonito é que não precisamos ter muito pra oferecer.

Às vezes, uma palavra calma, uma oração silenciosa, um gesto de paciência já são o bastante pra reerguer quem perdeu o fôlego da alma.

O coração amadurece quando entende que a grandeza da vida está na partilha.

É no doar-se que a gente também se preenche.

Porque, quando estendemos as mãos, criamos laços, e esses laços nos sustentam.

O mundo anda corrido, apressado, cheio de ruído…

Mas ainda há espaço pra quem vive com propósito, pra quem escolhe ser presença.

Porque no simples é que mora o extraordinário.

Não é o tamanho do gesto que importa — é a verdade dele.

E, no fim das contas, o que fica não são os títulos, nem as conquistas.

É o amor que fomos capazes de oferecer.

Tudo justo. Tudo perfeito.

Que a vida te encontre de mãos estendidas, para dar, e também para receber.