Tem gente que aprende com os erros.
Tem gente que os repete.
E tem gente… que os romantiza.
A verdade é que o erro não ensina nada —
se você não estiver disposto a se encarar.
A gente não tropeça por falta de aviso.
A gente tropeça porque prefere o chão conhecido à estrada desconhecida.
Porque há conforto até na dor previsível.
Porque mudar dói mais do que repetir.
O erro, muitas vezes, é só o reflexo de uma história que a gente se recusou a reescrever.
E o que nos trava não é o erro em si —
mas o medo de desmontar a imagem de quem achamos que somos.
Quantas vezes você já errou do mesmo jeito…
porque precisava proteger o seu ego?
Porque doía demais admitir que o orgulho falou mais alto,
que você se precipitou, que não escutou,
que insistiu no caminho porque não queria dar o braço a torcer?
Aprender com o erro exige coragem.
Não é repetir frase de efeito no espelho.
É fazer silêncio.
É respirar fundo e perguntar com humildade:
“O que esse erro revela sobre mim?”
A resposta pode não ser bonita.
Mas é libertadora.
E mais importante do que errar…
é estar inteiro o suficiente para não precisar se esconder depois.
Quem se conhece de verdade, não repete erro para se sabotar.
Repete, talvez, uma ou duas vezes…
mas um dia se levanta com raiva da própria acomodação.
E começa a mudar.
Devagar. Dolorosamente.
Mas de forma irreversível