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Depois do  amor, o ódio é a força mais poderosa do mundo. Serve de horizonte para muitos desejos, inspirou poemas, planejou guerras, transformou em inferno muitas vidas. Para os gregos antigos, o ódio e sua consequência, a vingança, se constituíam no mais doce dos prazeres, na suprema realização do homem. Mas o ódio faz mal  à saúde.



Há dois milênios, Jesus de Nazaré inverteu todos os valores da sociedade quando pediu a seus seguidores que perdoassem setenta vezes sete. Isto significa,  na numerologia bíblica, perdoar sempre. Mais ainda: mandou-os amar os inimigos.



O que poderia parecer uma piedosa exortação aos fracos e covardes ou desculpa para vencidos, acaba de receber a confirmação da ciência. Perdoar faz bem à saúde. Fred Luskin, psicólogo da prestigiosa universidade de  Stanfort, na Califórnia, acusa o ódio como causador de uma série de  doenças. Entre elas aponta: problemas cardiovasculares, tontura, fadiga, dor de estômago e cabeça e perda de sono. O ódio faz o organismo armazenar muitas toxinas e substâncias químicas, associadas ao estresse. Fisicamente, o ódio desfigura, torna as pessoas feias.



É ainda o professor de Stanfort que aponta aspectos positivos para a saúde, desencadeados pelo perdão. Ele esclarece que perdoar não significa esquecer, nem tornar bom o que foi péssimo, mas assinar  um tratado de paz com um determinado fato. Em outras palavras: perdoar é recuperar a paz. Aquele que odeia engole colheradas de veneno todos os dias, imaginando que este veneno causará mal ao desafeto.



A vida  de todos está marcada por pequenos ou grandes desafios e fatos negativos. São feridas do passado, são amarguras, ressentimentos, desejos de vingança, mas que não levam a lugar nenhum. Pior ainda: enchem de sombras  e tristezas uma vida. Perdoar significa libertar um prisioneiro; este prisioneiro é você.


Para os cristãos, perdoar é um compromisso de Fé. A ciência, agora, vem confirmar que Deus tinha razão. E, do alto da cruz, Jesus nos deu uma monumental lição, perdoando seus algozes e rezou por eles: “ Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem” ( Lc,23,34) De resto, a vida é muito curta para desperdiça-la com o ódio. Deixe espaço para o perdão, o amor e a paz.


Frei Aldo Colombo