Antes de qualquer palavra, respire.
Você tem o direito de estar cansado.
De estar confuso.
De sentir o tempo parado… mesmo que o mundo insista em continuar.
A verdade, que poucos dizem, é que o luto não é algo que se supera.
É algo que se transforma.
Porque a dor da perda é, na essência, a continuação do amor —
Um amor que perdeu o abraço, mas não perdeu a presença.
Você ainda sente. Ainda chora. Ainda espera.
E isso, por mais estranho que pareça… é coragem.
Sim, coragem.
Não a coragem barulhenta que enfrenta guerras,
Mas a coragem mansa, silenciosa, que acorda todos os dias e diz:
“Mesmo sem você aqui, eu sigo.”
O luto não precisa ser vencido.
Ele precisa ser respeitado.
Porque é ele quem costura, com delicadeza, a ausência à memória.
É comum que perguntem:
“Você já está melhor?”
Mas ninguém pergunta:
“Como está sendo habitar esse novo mundo, onde falta alguém?”
Então, se ninguém te disse hoje…
Você está indo bem.
Você está fazendo o melhor que pode.
E isso já é muito.
Você não precisa ter todas as respostas.
Nem fingir que não dói.
Basta caminhar, aos poucos, permitindo que a dor mostre o que ela quer te ensinar.
O luto não exige pressa.
Ele exige espaço.
Exige escuta.
E exige essa coragem diária de continuar amando… mesmo depois da partida.
Você está triste, sim.
Mas você também está inteiro.
Porque carregar a dor é a forma mais bonita de continuar dizendo:
“Te amo.”
Que hoje, entre as lembranças e as lágrimas, você sinta também o acolhimento.
E saiba: o amor verdadeiro nunca se despede.
Ele apenas muda de forma…
E continua vivendo em você.