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Description

Tem cenas que não precisam de legenda

Momentos que falam por si… sem dizer uma só palavra.


Outro dia, enquanto caminhava e deixava os pensamentos livres, vi um pai carregando o filho nos ombros.

O menino ria.

As mãozinhas agarradas ao rosto do pai.

E ali, entre passos e gargalhadas, o amor caminhava junto.


Você lembra da última vez que subiu na garupa do seu pai?

Ou da primeira vez em que colocou seu filho sobre os ombros, só pra ele enxergar o mundo lá de cima?


Essas imagens, tão simples… moram na memória.

São elas que voltam quando a vida aperta.

Porque a garupa de um pai — mesmo quando já não cabe o corpo — sempre terá espaço para o coração de um filho.


O tempo passa.

Os filhos crescem.

Mas ninguém deixa de precisar de apoio.

De direção.

De alguém que, mesmo em silêncio, diga: vai ficar tudo bem.


Você já disse pro seu pai o quanto ele foi — ou ainda é — importante?

Já agradeceu pelos passos que ele firmou, pra que você pudesse caminhar mais seguro?


A presença de um pai é semente que brota lá na frente.

É abraço que molda o caráter.

É exemplo que ensina até quando não fala.


E nem todo pai consegue dar presentes.

Mas todo pai pode oferecer o mais valioso de todos: seu tempo.


Agosto chegou.

E com ele, a chance de voltar à origem.

De ligar, de visitar, de perdoar, de agradecer.

De, quem sabe, juntar as mãos e fazer uma prece por aquele que um dia te carregou — no colo, nos ombros, ou na alma.


Porque, no fim das contas…

Todo mundo precisa de uma garupa firme, mesmo quando já sabe caminhar sozinho.