Nascida em 1968, na Argentina, e exilada em França desde os dez anos, Laura Alcoba construiu uma obra literária profundamente marcada pelas sombras da história e pelos silêncios da infância. Filha de militantes perseguidos pela ditadura militar, viveu na clandestinidade com um nome falso e aprendeu cedo que o medo pode tornar-se idioma. Hoje, professora universitária em Paris e autora consagrada em língua francesa, Laura Alcoba regressa com frequência à Argentina — não apenas nos afectos, mas sobretudo na literatura.
Na sua passagem por Lisboa, a pretexto do lançamento do seu romance Naquele dia, a sua primeira obra traduzida em português, e publicada pela Dom Quixote, Laura Alcoba conversa com Pedro Almeida Vieira numa edição especial, gravada na Livraria Bucholz, em Lisboa, para a BIBLIOTECA DO PÁGINA UM, cuja transcrição editada também aqui se apresenta.