Sítio, 14 de abril de 2023
O Museu Dr. Joaquim Manso é um daqueles mistérios insolúveis da nossa terra. Está fechado ao público e tem investimento do Estado prometido há muitos anos, mas teima em não concretizar-se como um dos grandes atrativos da nossa terra. Abriu as portas em 1976 e resulta da antiga casa de férias de um renomado jornalista, que visitava amiúde a nossa terra, tendo sido adquirida por Amadeu Gaudêncio, que a ofereceu para a edificação de um museu. O espólio é único a nível nacional, mas o museu tem sido desprezado pelos sucessivos Governos, o que se torna incompreensível. Qualquer cidade ou vila moderna, especialmente uma que tenha características tão vincadas como a nossa, ter-se-ia batido de forma mais enérgica pela manutenção e melhoria de um espaço deste género, mas a cultura parece sempre ser um parente pobre para quem pensa nestas coisas do turismo. Nada de mais errado. Bastará ter um pouco de mundo e de vivências em cidades médias e até pequenas na Europa para entender que um museu dedicado ao mar e à tradição da Nazaré tem todas as condições para ser um polo de atração de visitantes e de turismo. Nós, por cá, continuamos a aguardar que o Estado avance com a requalificação. Fala-se do PRR e que desta é que é. Mas, no meu caso, só vendo é que acredito.
