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Na coluna desta quarta-feira (13), Atílio Bari fala sobre o fim de um dos espaços mais queridos e reverenciados pela classe artística de São Paulo: o Teatro Aliança Francesa. Após mais de 60 anos de atuação na cidade, ele fechou as portas no início de dezembro, junto com a unidade de ensino da Aliança Francesa no mesmo endereço, na Rua General Jardim. A instituição mantedora alega dificuldades financeiras, principalmente durante a pandemia, com a redução significativa do número de alunos presenciais.

O desinteresse das novas gerações pelo idioma francês coincide com a perda da relevância da França no cenário global, opina Atílio Bari, sendo substituída pela China e pelos Estados Unidos: “Afinal, é a língua inglesa e a cultura norte-americana que predominam em todas as áreas – no mundo corporativo, na música, no cinema, na internet, e mesmo nas relações diplomáticas. E lembrei que num filmezinho desses da sessão da tarde na TV, alguém aconselhou a um jovem a estudar inglês e chinês. Talvez tenha razão”.

O colunista ainda cita diversos nomes históricos da cultura francesa, que influenciaram o teatro, a música e a literatura: “Dramaturgos como Moliére, com suas comédias, Corneille com suas tragédias, Ionesco com seu teatro do absurdo, o controverso Jean Genet, Jean Paul Sartre e seu existencialismo. Na literatura a relação é ainda maior: Julio Verne, Simone de Beauvoir, Albert Camus, Guy de Maupassant, Antoine de Saint Exupéry e seu Pequeno Príncipe”.