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Na coluna desta quarta-feira (11), Atílio Bari aborda o novo espetáculo do histórico grupo Circo Graffiti: Bossa Nova Cabaret Bar, em cartaz no Teatro do Sesi-SP. Por meio de esquetes, brincadeiras e misturas de músicas inesquecíveis, a apresentação conta as origens do gênero musical brasileiro mais importante do país. Além disso, as sessões contam com um grande elenco e banda ao vivo, tendo o maestro Pedro Paulo Bogossian ao piano.

O colunista fala sobre o contexto sociocultural em que a Bossa Nova surgiu, em meio a acontecimentos marcantes da história do Brasil: “Entre 1958 e 1963 o Brasil estava em estado de graça. A seleção brasileira de futebol ganhava sua primeira Copa do Mundo (...) Era um Brasil que sorria com JK, um país que dizia com orgulho “o petróleo é nosso”, afinal a Petrobrás estava recém fundada. Havia o impulso da industrialização, havia empregos, havia esperança”.

Atílio analisa também as mudanças na política brasileira nos primeiros anos da ditadura militar: “A Brasília da esperança nacional acabou virando uma insensatez, as vozes do planalto se tornaram desacatos, os salões do Senado e da Câmara revelaram a sua enorme ingratidão (...) Mas a Bossa Nova sobrevive, melhor que o país, sem dúvida. Ela revive, reaviva, sempre nova e sempre bossa”.

Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.