📰 Criteria Macro | Thiago Pedroso CFP®️
🇺🇸 Dia de PMI nos EUA, Reino Unido, Alemanha e Zona do Euro, todos serão divulgados ao longo da manhã.
■ Mercados em contagem regressiva para as tarifas recíprocas de Trump que serão divulgadas amanhã.
■ Ontem no final do dia um relatório do USTR acusou 58 países (entre eles o Brasil) de imporem várias barreiras contra produtos americanos...o relatório é um indicativo que o Brasil pode ser diretamente atingido pelas tarifas recíprocas.
■ É provável que Trump acredite que os países devem negociar e eliminar as tarifas, mas o que vem se desenhando é união de países para retaliar os EUA...ontem China, Japão e Coreia do Sul concordaram em responder conjuntamente às tarifas de Trump.
■ E nesse cenário o FED vai ter que tomar a dura decisão de deixar a economia desacelerar (ou até entrar em recessão) ou baixar os juros para proteger a economia ao custo de uma inflação maior.
■ As bolsas em NY que iniciaram o ano com perspectivas positivas com a administração de Trump prometendo politicas favoráveis as empresas, fecharam o trimestre em forte queda com a escalada da guerra comercial...
■ O S&P recuperou 0,55% ontem, fechando o trimestre em queda de 4,29% e Nasdaq caiu 0,14%, fechando o tri em queda de 10,42%...as sete magníficas caíram em média 16% no trimestre, sendo que a Tesla foi a pior com queda de 36%, seguida de Nvidia que caiu 20%.
🇨🇳 Na China, o PMI S&P Global/Caixin veio em 51,2pts, acima dos 50.8pts.
🇧🇷 No Brasil o cenário fica tão incerto quanto lá fora...
■ Ao mesmo tempo que uma queda de juros nos EUA somado a uma desaceleração pode ser positivo para fluxo e para a curva de juros local, uma retaliação direta dos EUA e a questão fiscal local podem pesar no câmbio e anular o efeito positivo...isso tudo sem contar que as eleições de 2026 já entraram no radar dos investidores locais.
■ Pelo menos temos o que comemorar no primeiro trimestre....
■ Quem diria: O Brasil (e vários emergentes) vem apresentando uma correlação inversa ao que acontece nos EUA.
■ O fato é que a tese de IA somado ao excepcional momento da economia americana arrastou o fluxo global para lá, e agora vemos uma rotação desse fluxo por conta de ajuste nos múltiplos e perspectiva de menos crescimento (ou até desaceleração) da economia americana.
■ Ainda para ajudar, até o momento não fomos importantes o suficiente para Trump virar a bazuca das tarifas para cá.
■ Ontem o índice cedeu com a chance do Brasil ser atacado pelas tarifas fechando em queda de 1,25% e volume de 20.3bi, mas no trimestre o índice subiu 8,29%.
■ O real também saiu bem, com dólar cedendo 7,68% de baixa no ano, sendo que ontem caiu 0,98%.
■ A economia dá sinais de que deve manter um crescimento robusto, mas o que deveria ser uma boa notícia é influenciado por politicas populistas apenas para angariar votos para 2026, ou seja, a conta vai chegar em forma de inflação, o BC vai ter que manter juros alto para controlar e o crescimento artificial de hoje pode virar recessão amanhã...
■ Destaque para as ações dos BRB, que mesmo criticado pela compra do Master, teve valorização de 83.44%...