Guerra 🇮🇷x🇮🇱
Na noite de sábado, os Estados Unidos finalmente decidiram atacar o Irã. Segundo o governo americano, a ação foi pontual, sem a intenção de entrar "diretamente" na guerra.
Trump ordenou o bombardeio de três instalações nucleares, incluindo Fordow, e deixou claro que espera a rendição do regime iraniano o quanto antes. Também advertiu que qualquer retaliação contra os EUA será respondida com ainda mais força.
Se os mercados estivessem abertos, provavelmente terÃamos visto um cenário de forte turbulência. Mas desde então, Irã e seus aliados vêm evitando um confronto direto com os americanos. Até agora, os mÃsseis foram direcionados apenas a Israel, o que reforça a percepção de que o regime iraniano está enfraquecido.
Apesar das declarações de que os EUA não buscam a troca de regime, é difÃcil acreditar nessa narrativa. O mais provável é que o objetivo seja justamente minar o poder dos aiatolás até forçar uma negociação de transição — algo complexo, mas com mais chance de sucesso do que uma tomada forçada, que já se mostrou desastrosa no passado, como nos casos do Afeganistão e do Iraque.
Embora o Irã continue fazendo ameaças, inclusive de fechar o Estreito de Ormuz, o mercado interpreta esse risco como limitado no momento, dado o poder de resposta dos EUA caso o regime escale o conflito.
O petróleo, que chegou a subir 5% no domingo à noite, registra alta inferior a 1% neste momento, enquanto os Ãndices futuros em Nova York operam próximos à estabilidade.
O Parlamento iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, mas a decisão final depende do lÃder supremo. Ainda assim, o Irã só deve adotar uma medida tão drástica se estiver completamente encurralado — cenário que poderia representar o pior choque possÃvel nos preços do petróleo, com risco de ataques a instalações na Arábia Saudita, Iraque e outros paises próximos, além de embarcações na região, por meio de grupos como os Houthis.
Em um contexto assim, Israel e EUA poderiam retaliar diretamente sobre a infraestrutura energética iraniana, o que de fato traria um cenário de caos. Por ora, no entanto, essa probabilidade ainda é considerada baixa, mas vale monitorar de perto.
🇺🇸 Semana conta com testemunho de Powell no congresso (3ªF e 4ªF), leitura final do PIB/1Tri (5ªF) e PCE de maio (6ªF).
■Com a guerra adicionando mais incerteza na mesa, os mercado em NY se mantiveram na defensiva na última sexta, com o S&P cedendo 0,22% e Nasdaq 0,51%.
🇧🇷 Semana conta com divulgação da ATA do COPOM (3ªF), IPCA-15 (5ªF), CAGED, taxa de desemprego e IGPM de junho (6ªF).
■Boletim focus sai às 8:25 e balança comercial sai às 15:00.
■Na sexta o mercado apanhou com o barulho da guerra mas também com a decisão do COPOM...
â– O BC não só manteve um tom duro como ainda incluiu uma palavra que fez toda a diferença…disse que os juros devem ficar elevados por um perÃodo "bastante prolongado", diferente da reunião anterior que estava apenas "prolongado".
■O IBOVESPA pesou e caiu 1,15% com volume de 31,3bi devido ao vencimento de opções.
■O dólar foi na contramão do movimento externo com alta de 0,44% cotado à R$5,5249.
â– O mercado deve continuar monitorando de perto a guerra entre governo X congresso para fechar as contas esse ano.