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“Acho que a única vez em que muitas pessoas pensam na injustiça é quando acontece com elas”. (Charles Bukowski)  

Acusam-nos 

Cometem-se injustiças terríveis contra nós. Dizem que dissemos o que não pensamos, nem dissemos. Atribuem-nos motivações que nunca tivemos. Calam a nossa voz. Cresce dentro de nós a amargura, com toda a razão. A raiva sobe, desce, cresce e vira uma reação. É como se contra nossa alma o inimigo atirasse. É como se um punhal nos penetrasse.  

Ah se apenas de uma crítica se tratasse. Ah se apenas um equívoco nos confundisse. Ah se fosse leve o que nos ferisse. É mais: é rasteira que nos tira o chão. É golpe que nos corta com intenção. É grito que nos diminui para do caminho nos tirar. É assédio que nos constrange em nosso ofício. É mentira que inventam desde o início. É o nosso caráter que querem fulminar.  

Quando valer a pena, talvez devamos protestar. Se lágrimas nos libertam, talvez tenhamos que chorar. Para que outros não sofram, talvez precisemos denunciar.  

Enquanto o tempo, esse nosso aliado, passa, O melhor que fazemos é continuar orando, Orando por nosso algoz, para que mude; Orando por nós, para que mudemos de atitude: Da indignação contra Deus, que a maldade permite, Para a confiança de que Ele vai revelar adiante a sua graça.  

Não almejemos que quem nos feriu seja vingado.  

Desejemos que Deus transforme a nossa condição, Acalme, pacifique e alegre de novo o nosso coração E faça nossa humilhação ficar no passado Ao nos descortinar uma nova colina Em que sobre nós brilhe apenas a verdade, Não a mentira ferina, Mas a palavra divina Que ateste nossa competência e integridade E exalte a nossa coerência e dignidade.  

“O Senhor conhece os dias dos íntegros; a herança deles permanecerá para sempre”. (Salmos 37.18)  

Bom dia!!!!! 

Israel Belo de Azevedo