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"Deus desce aos humildes como as águas fluem das colinas para os vales". (Tikhon de Moscou)    

Desejando a humildade  

Poucos desejam a simplicidade, porque elegem como metas a riqueza, o luxo  e até mesmo a 

ostentação. 

Poucos aspiram a humildade por escolherem como alvos para suas vidas a autossuficiência, o 

orgulho e até mesmo a arrogância. 

Se a simplicidade é indesejada, a humildade é amplamente abominada e por muitos riscada da 

sua lista de desejos. 

No entanto, a felicidade está na simplicidade e a sabedoria se ancora na humildade. Quem é 

simples se contenta com o que é essencial e não sofre para ter o que não precisa. Quem é humilde 

ouve, lê, vê e aprende. Quem não aprende não sai do lugar. 

Quem é humilde aprende porque pergunta. Quem pergunta tem horizontes descortinados, vê 

belezas que a vaidade impede de enxergar, diverte-se com as histórias dos outros, capta outras 

formas de viver. 

Quem é humilde não padece de ansiedade porque abriu mão de controlar coisas e pessoas.

 Quem é humilde reconhece sua própria ignorância e a supera, porque parte da sua realidade para 

transformá-la, não da fantasia que ilude. 

No caminho da humildade, nossa primeira tarefa é desejá-la como um ideal para a nossa vida, 

contra o rufar dos tambores do grito e da guerra. 

Nossa segunda tarefa é nos alegrarmos com a realidade que as tumbas, mesmo as faraônicas,

nos cantam: somos mesmos todos iguais. 

 “Melhor é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os orgulhosos”. (Provérbios 16.19)