“A estupidez é infinitamente mais fascinante do que a inteligência. A inteligência tem seus limites, a estupidez não”. (Claude Chabrol)
De volta à razão
Era uma vez a lucidez...
Era a lucidez que nos acalmava o temperamento, quando a raiva queria explodir.
Era a lucidez que nos mostrava que o vício estava pronto a velozmente nos destruir.
Era a lucidez que nos corrigia quando a ideologia nos impulsionava a agredir.
Era a lucidez que mantinha um ambiente agradável na família ou na equipe especialmente quando
tínhamos que nos reunir.
Depois que ela se foi, perdemos a capacidade da reflexão.
Depois que abrimos mão dela, junto partiu o poder da ponderação.
Sem ela, passamos a ver por todos os lados apenas conspiração.
Sem ela, ficou embaçada a nossa visão.
Em lugar de raciocinar, passamos por palavras-de-ordem nos pautar.
Em lugar de argumentar, escolhemos os adversários ameaçar.
Em lugar de escutar, preferimos a todo instante apenas falar.
Em lugar de esperar, optamos por brigar.
A lucidez impedia que o medo nos sufocasse.
A lucidez nos tolhia para que a mentira não nos tomasse.
A lucidez nos recomendava a admitir o erro quando ele nos controlasse.
A lucidez nos encorajava a pedir perdão mesmo que o gesto privada ou publicamente nos
humilhasse.
A lucidez nos fazia calar.
A lucidez nos convidava a respeitar.
A lucidez nos ajudava a pensar.
A lucidez nos inspirava a amar.
A lucidez nos instruía à verdade, mesmo contrária à nossa, enxergar.
Sem lucidez, somos liderados tão somente pela emoção.
Sem lucidez, negamos o que há de melhor na razão.
Sem lucidez, conturbamos nosso coração.
Dona lucidez, eis o nosso querer:
— Volte, por favor. Precisamos de você.
“A Sabedoria grita nas ruas; nas praças, levanta a sua voz: ‘E vocês, tolos, até quando odiarão o conhecimento?’” (Provérbios 1.20 e 22 a)
Bom dia!!!
Israel Belo de Azevedo
@israelbazevedo Em meu instagram, estou postando diariamente um salmo, ligeiramente comentado, escolhido por nos inspirar em tempos difíceis.