“Ninguém ganhou a última guerra nem ninguém ganhará a próxima”. (Eleanor Roosevelt)
Guerra, não
A guerra fabrica lágrimas em órfaos, deixa pais na solidão, põe irmãos no desespero, enterra
histórias de amor, ceifa vidas que não nasceram.
A guerra fala mentiras, até que pareçam verdades.
A guerra fascina os paranóicos.
A guerra favorece os donos e mercadores de armas.
A guerra fecha portas que deviam estar sempre abertas, ao abrir trincheiras difíceis de cobrir.
A guerra fende amizades.
A guerra festeja bandidos, engalanando seus peitos como se fossem heróis.
A guerra fixa padrões de horror para que sejam aceitáveis.
A guerra floresce o que há de pior na alma de uma pessoa ou de uma sociedade.
A guerra fomenta o ódio, de onde nasceu, para que ultrapasse fronteiras e gerações.
A guerra frita reputações, encerra carreiras, sepulta sonhos, diminui a ciência, sufoca a poesia,
cassa a utopia.
A guerra frustra o diálogo, impede o entendimento e impossibilita a compreensão, ao impor o
silêncio, abortar a fraternidade e ensarilhar fuzis.
A guerra fulmina a razão, embora feita irracionalmente em seu nome.
A guerra furta às famílias o direito de enterrarem dignamente os seus mortos levados por causas
que não eram suas.
A guerra fuzila inocentes, dizima aldeias, bombardeia cidades, semeia bombas que explodem no
presente e arrancarão pernas no futuro.
A guerra envergonha o ser humano.
A guerra nega o Evangelho, que nos diz que ela nunca é santa.
A guerra desmente Jesus, como se fosse
uma balela a sua proposta de resistência pacífica e inútil
a sua morte pela paz.
O que promovem a paz têm a bênção de Deus.
Paz, sim.
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”. (Mateus 5.9)
Bom dia!!!!!!
Israel Belo de Azevedo