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“Se você odeia alguém, é porque odeia alguma coisa nele que faz parte de você. O que não faz parte de nós não nos perturba”. (Hermann Hesse)  

E Caim não morreu  

Desde quando Caim matou seu irmão Abel (Gênesis 4.1-24), o horizonte dos relacionamentos e 

dos compromissos humanos está pelo ódio habitado. 

Por causa do ódio, as guerras são feitas e os amores são desfeitos. 

O ódio pode ser coisa do coração, ferido numa irritação, ou pode ser estratégia da razão. Pode ser 

uma reação emocional e desproporcional à frustração e pode ser uma articulação para conquista 

ou manutenção do poder alcançado. 

O ódio pode ser um sentimento profundo e errado, como pode ser o produto de planejada 

propaganda que os fracos adquirem e enriquecem seus eleitos. 

Numa pessoa boa, à manifestação do ódio se seguem a vergonha e a confissão, com um pedido 

de perdão. Numa pessoa má, o ódio começa, continua, cresce e se fortalece até que elimine o 

adversário, pela palavra berrada ou pelo sangue derramado. 

Uma pessoa correta se preocupa quando o ódio lhe vem, porque sabe da destruição que produz. 

Uma pessoa iníqua se nutre e alimenta o ódio porque o seu objetivo é precisamente a devastação. 

Uma pessoa de paz sabe que o arrependimento pode ser tardio e talvez amargo para o resto da 

vida; e por isto se cuida. Uma pessoa de conflito não sofre com os males que provoca; e por isto, 

se arma e acende a pira. 

Quem facilmente se inflama deve pedir ao Espírito Santo de Deus que o domine para não ser 

dominado pela ira. 

Quem, por ter sido odiado, por ter aprendido a odiar, odeia ainda pode amar. 

Quem faz do ódio o seu negócio, mesmo que vá perder dinheiro ou status, ainda pode mudar. 

O ódio não vem de Deus. Não é para quem é digno. 

O ódio é de quem jaz no Maligno.  

“Quem diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, está nas trevas até agora”. (1 João 2.9)  

Bom dia 

Israel Belo de Azevedo