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"A verdadeira essência de um pedido de perdão é apontar para seu próprio erro e demonstrar que o reconhece como algo ruim. E por causa do erro e da ferida que causou, você nunca o repetirá”. (Anastasia Belyh)  

A culpa da vítima  

Já que errar é humano, precisamos reconhecer nossa condição e nos empenhar para não 

fazer ou dizer o que não devemos. 

Já que errar é humano, precisamos recuperar nossa dignidade, e não a retomaremos 

permanecendo no erro, negando que ofendemos, minimizando o tamanho de nossa falha, culpando quem batemos. 

Quando erramos e ninguém fica sabendo, nossa consciência deve arder. 

Quando erramos, mesmo sendo pequeno o prejuízo, nossa alegria deve desaparecer. 

Quando erramos e é grande a ferida que fazemos no corpo, na alma ou na reputação de 

alguém, seu sofrimento nos deve constranger. 

Quando erramos, e fomos descobertos, não podemos cinicamente pensar no que vamos 

perder. 

Quando erramos, não podemos, nós ou nosso representante, proferir palavras homicidas 

como: “peço desculpas a quem se sentiu ofendido”. Se ofendemos, ofendemos. O problema 

não é do outro que se sentiu magoado, por não nos ter entendido, por nos ter interpretado 

mal. Fomos nós quem apontamos a arma. Fomos nós quem debochamos. Nós somos os 

assassinos, nunca a vítima. Agir como se o ferido tivesse errado, é amplificar o erro, 

alargando a falha no nosso caráter.  

Sempre que erramos, devemos simplesmente nos arrepender. 

O arrependimento depois do erro é nossa única chance de vencer. 

Só uma palavra cabe e não é “eu lamento”, porque quem lamenta não admite que errou. Não 

é dizer “eu peço desculpas”, porque quem se desculpa não mostrou coragem. É rogar: “eu 

peço perdão”.

Pedir perdão, sincero, envergonhado, pronto para pagar o preço, é o primeiro passo na 

jornada da reparação. 

“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos enganamos, e a verdade não está em nós”. (1 João 1.8)  

Bom dia!!!!! 

Israel Belo de Azevedo