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“Deus não chama pessoas por causa de sua habilidade, mas por causa de sua disponibilidade”. (Irmão André)  

Mateus  

Ele sabia de sua responsabilidade no trabalho e não se importava com os olhares dos que 

o achavam indigno. Era o seu trabalho, que fôra do seu pai, que fôra do seu avô e que seria do 

seu filho mais velho e assim por diante. 

Quanto ao preconceito das pessoas, era problema delas, não dele.  

Podia relaxar um pouco quando ia jantar na casa dos amigos ou os recebia em casa. 

Todos os dias era a mesma coisa, exceto no domingo, quando ia para a igreja. Não tinha 

muitos amigos lá porque cuidava de impostos, coisa de que ninguém gostava. 

Fazia o que a lei mandava, mas, mesmo na igreja, achavam que desviava. 

Julgavam-no sem o conhecerem. Eram bons em cultuar, em cantar. Diziam que eram 

dizimistas, mas muitos mentiam, como ele bem sabia. 

Pedia a Deus que o ajudasse a ser íntegro. Pedia também que sua vida não fosse apenas 

trabalhar e sair para alguma diversão. Pensava em Abraão, que abençoou tantas pessoas, e 

ele apenas trabalhava. Pensava em Davi, que tinha a alegria da salvação, e ele apenas 

seguia os rituais. Pensava em Pedro, o bravo pescador que passou a ter um brilho 

extraordinário no rosto desde que passou a andar com Jesus, o filho de Maria de Nazaré e 

que muitos diziam que fôra enviado por Deus. 

Foi assim que, no meio de uma tarde, levantou os olhos por causa do barulho que faziam na 

rua. Logo notou que era Jesus. Logo notou que vinha em direção à sua mesa na calçada. 

Chegou bem perto. Quando dele ouviu “Siga-me”, não teve dúvida. Levantou-se e o seguiu. 

Deixou para trás uma vida vazia para viver de verdade, com a alegria de quem tem o coração 

cheio de ternura.  

“Quando Jesus saiu dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e lhe disse: ‘Siga-me!’ Ele se levantou e o seguiu”. 

(Mateus 9.9)  

Bom dia!! 

Israel Belo de Azevedo