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"Primeiro você precisa saber o que quer, depois ter a coragem de dizê-lo e então buscar energia para fazê-lo". (Georges Clemenceau)  

Até quando?  

Até quando tropeçaremos na desigualdade distribuída pelas calçadas em que homens, 

mulheres, crianças e velhos convivem com o lixo, alimentam-se do lixo, têm o destino do 

lixo? 

Até quando a insensibilidade nos marcará? 

Até quando sonharemos em partir para terras distantes, em viver em terras distantes, 

cansados de aguardar por dias melhores que não veem, como se o futuro bom nos 

estivesse vedado? 

Até quando a esperança nos abandonará?

Até quando seguiremos pelas esquinas do medo escondendo objetos, inseguros para sair 

rumo ao trabalho, à escola, ao culto, à diversão? 

Até quando a violência nos oprimirá? 

Até quando os mais fortes dominarão, as mulheres morrerão na mão dos covardes, as 

crianças apanharão de pais malvados, os fracos serão ameaçados, amordaçados, feridos, oprimidos? 

Até quando o crime compensará? 

Até quando deixaremos nos palácios os que ali foram postos para servir mas que os 

transformaram em covis de salteadores para acumular os bens da perversidade? 

Até quando a ideologia cegará? 

Até quando seguiremos pastores que se comprazem em receber honrarias, comendas, 

homenagens, esquecidos que os verdadeiros profetas não se deixam usar, não se permitem 

cooptar? 

Até quando a vaidade crescerá? 

Até quando seremos envergonhados por aqueles que usam o nome de Deus, a quem dizem 

amar e cuja palavra pregam, para delinquir, mentir, perseguir, seduzir, trair? 

Até quando, como se não importasse e não julgasse, o Senhor Deus, que não mente e não

muda, calado e parado, distante e indiferente parecerá?  

“Quem é semelhante ao SENHOR, nosso Deus, que (...) que levanta o pobre do pó e tira o 

necessitado do monte de lixo, para o fazer sentar ao lado dos príncipes?” (Salmo 113.5-8)  

Bom dia! 

Israel Belo de Azevedo