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“Riqueza, prestígio, tudo pode ser perdido. A felicidade em seu coração pode ser diminuída; mas estará sempre lá, enquanto você viver, para torná-lo feliz de novo”. (Anne Frank)  

Quando perdemos, perdemos   

Viver é também perder. 

Perdemos pessoas com quem compartilhávamos nossas vidas.  

Perdemos coisas que nos custaram muito conquistar. 

Perdemos amores que faziam nosso coração vibrar. 

Perdemos amizades que o tempo amalgamou. 

Perdemos projetos que a circunstância frustrou. 

De todas as perdas, há as que não podemos retomar. Não podemos trazer de volta o afeto 

do vovô, a alegria da vovó, que a morte levou. Não podemos ter o conselho do papai, o colo 

da mamãe, após a viagem infinita. Não podemos reabrir os olhos da nossa criança depois 

que a grande tristeza definitivamente os fechou. (Felizes são os que creem na ressurreição.) 

Se perdemos coisas, podemos adquirir outras. 

Se perdemos amores, por excessos, descuidos, traições, podemos lutar por eles. 

Se perdemos amizades por decepção, desinteresse, infidelidade, podemos descobrir o valor 

do perdão. 

Se perdemos projetos, podemos refazê-los. 

Quando perdemos, precisamos admitir que perdemos.  

Se foram pessoas que tivemos que sepultar, choremos muito, agradeçamos pelo bem que 

nos fizeram e deixemos que a saudade se assente na sua cadeira predileta. 

Se foram coisas que não temos mais e as queremos de novo, podemos buscá-las 

ou substituí-las por outras melhores. 

Se foram amores, podem ser revividos. 

Se foram amizades, podemos cultivá-las de novo. 

Se foram projetos, outros, também encantadores, podem sair das gavetas. 

Perdemos. Só não podemos nos perder. Perdemos. 

Só não podemos ficar sem o nosso par de asas, às quais damos os nomes de 

esperança e coragem.  

“Porque fazes resplandecer a minha lâmpada; o SENHOR, meu Deus, derrama luz nas minhas trevas”. (Salmo 18.28)  

Bom dia!!! 

Israel Belo de Azevedo