Bem vindos ao terceiro episódio do PodCast "Ao contrário do que possas pensar".
O Amarildo tem 28 anos e é originário de Bajope (https://tinyurl.com/vehuy6j), Guiné-Bissau (https://tinyurl.com/taa7opd) sendo um dos vários alunos oriundos desse país que o Politécnico de Beja acolhe.
Embora a língua oficial da Guiné-Bissau seja o português (https://tinyurl.com/scbwvnd) só uma pequena percentagem o fala fluentemente (https://tinyurl.com/tbdul95). A larga maioria da população entende-se através do crioulo (https://tinyurl.com/ssmuytc)
É na Escola que as crianças tomam, na sua larga maioria, contacto pela primeira vez com uma nova língua. Uma língua que, para nós portugueses, é a língua materna.
Conseguem imaginar-se a ir pela primeira vez para a escola, e as primeiras letras, os primeiros números, as primeiras contas, os primeiros conhecimentos sobre o mundo, serem-vos transmitidos numa língua sobre a qual pouco ou nada sabem? É esta a realidade dos estudantes Guineenses (https://tinyurl.com/vnq25yu).
Mas o Amarildo não é rapaz para deixar que estes detalhes o preocupem (nem com outros bem mais graves, como podem ouvir neste episódio) é uma pessoa preocupada com os outros e extraordinariamente interventivo.
Veio estudar Agronomia para o IPBeja (para um país e uma cultura que desconhecia) e faz parte do Conselho Pedagógico do IPBeja; presta apoio em Tecnologias de informação aos colegas; tem uma intervenção activa num grupo de jovens ligados à Igreja Católica; é Vice Presidente de Assembleia de Associação de Estudantes do IPBeja; e não esquece o seu país de origem, e por isso acompanha com a intervenção possível, o que se vai passando politicamente e socialmente na Guiné-Bissau.