2018 foi um ano apocalíptico.
Caótico. Intenso. Desafiador.
A palavra “apocalipse” diz respeito a um período de cataclisma. De fim do mundo. Onde as forças do mal vencem as forças do bem.
O que passa despercebido é a consciência de que, com todo fim, vem um novo começo.
2018 está dando suas últimas respirações, e 2019 já começa a falar “oi”.
Começa uma nova oportunidade de sentir, viver, experienciar e compreender como podemos nos tornar melhores seres humanos, viver uma vida baseada no amor, em virtudes e valores, de modo mais fácil, simples, leve, divertido e equilibrado.
O “apocalipse”, não é nada profético, místico, espiritual, energético.
Pode até ser, mas é também físico e real.
Segundo o budismo, todos os dias são um Apocalipse.
Todos os dias somos julgados pelo Karma, a lei de ação e reação.
A cada instante, uma ação sua é feita com lastro no amor ou no medo.
O conjunto de suas pequenas ações de formiguinha formam o todo de sua existência que é compartilhada com todos os seres vivos desse kosmos.
A palavra “apocalypse” em grego significa “retirar o véu”, “des-cobrir”. Um período de “descoberta” de conhecimento ou revelação.
Algumas pessoas anseiam por períodos de Apocalipse.
Elas querem escapar de seu sofrimento. Elas querem uma vida nova.
Uma vida plena.
Uma vida livre dos julgamentos da mente e de suas programações ultrapassadas.
O Apocalipse não é algo profético sobre guerra.
Não é sobre destruição.
É sobre iluminação.
Não significa morte.
Significa renascimento.
Não tem mais que esperar ano que vem.
Não tem que esperar segunda feira.
É o aqui e agora. Nada mais.
Não tem que esperar o salvador, o próximo avatar de Deus, a segunda vinda de Cristo.
É hora de tomar vergonha na cara e domar o seu macaquinho de uma vez por todas.
Em algum momento da nossa civilização moderna acabamos esquecendo o que é a felicidade, de fato.
Trocamos a realização de ser e atuar no mundo por pequenas doses baratas de dopamina externa.
Redes sociais, likes e shares, pornografia, internet, TV, celular, pizza, chocolate, um cafézinho pra ficar ligadão, um badeguinho para ficar tranquilão.
O macaquinho ficou fora de controle.
Perdemos a capacidade interna de saber modular nossos níveis de consciência.
Alguns estudiosos dão nomes para esses novos comportamentos humanos, essas novas gerações.
Geração X, Y, Z…..
Eu gosto de chamar de “geração curto circuito”.
A geração “curto circuito” é um problema endêmico da humanidade, não de uma geração.
Ela está afetando todos os seres humanos, independentemente de idade ou país ou classe social.
As pessoas que vivem a “geração curto circuito” perderam a capacidade de se conectar consigo mesmas, com o seu Sol interior, a sua bateria infinita, e com isso manter seu fluxo de energia presente e estável.
Ao invés disso, buscamos alimentar o nosso ser de pequenos surtos baratos de dopamina, alimentados de likes, shares, fama, poder e riqueza.
Nunca está bom, sempre tem algo lá fora que vai me fazer melhor, mais bonito(a), com mais energia e mais feliz.
Você mesmo, que está lendo agora.
Você está disposto(a) a parar de ficar procurando informações e mais informações em cursos online, vídeos no youtube, livros para finalmente agir e se realizar nesse mundo?
Você está disposto(a) a sair das suas redes sociais para realizar o ser humano que existe em você em toda a sua capacidade máxima criativa?
Será que você está disposto(a) a se empanturrar menos de comida, bebida e dedicar-se ao seu aperfeiçoamento pessoal?
Você está disposto(a) a deixar de comer um brigadeiro e um cafezinho hoje para investir em você mesmo?
Você está disposto(a) a realizar que “facilidade” não é “felicidade”?
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