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“Deus veio e criou o universo, os planetas, a natureza e os animais…. ai chegou o Satanás e criou o ser humano…” – ouvi essa frase semana passada andando no metrô, na conversa de uma mulher falando como foi seu dia atendendo a clientes.

O ser humano tem uma capacidade destrutiva de tirar o chapéu.

Fico impressionado como conseguimos transformar até mesmo coisas genuínas e divinas em algo sombrio e martirizante.

Como tenho observado acontecer na “economia da gratidão”.

A “economia da gratidão” presta um grande desserviço à humanidade ao tratar o desenvolvimento espiritual como algo lindo maravilhoso, onde todos os seus problemas vão terminar em um piscar de olhos:

“Por que quando você encontrar o seu propósito, você vai sentir um encaixe, você vai criar o seu negócio, vai dizer adeus a seu chefe, vai largar tudo para vender brigadeiro gourmet, virar nômade digital trabalhar viajando ou vender coco na praia….”

E sabe o que é o pior?

Nós caímos nessa. E depois ficamos nos martirizando:

“Ooooh, céus, Ohhh vida! Não achei meu propósito ainda! O que farei?”

// o que é o propósito?

Você nunca vai encontrar seu propósito porque o seu propósito não pode ser colocado em palavras.

Simples assim.

Durante a minha própria jornada, tentando encontrar significado e preenchimento para a minha existência, das definições que encontrei para propósito, as melhores foram:

“Manifestar o propósito significa exalar a fragrância do Ser que nos habita. E essa fragrância é o amor que se encontra adormecido. O propósito só pode se manifestar quando já despertamos pelo menos um tanto desse amor” – Sri Prem Baba

“Devido ao grau de contaminação da mente coletiva, é muito difícil ter a certeza de que estamos trilhando nosso propósito (dharma). Qual o antídoto? Faça o que quer que esteja manifesto a sua frente no seu melhor.” – Pedro Nebesnyj

Isso foi o que eu ouvi, e senti.

O que experienciei….. foi outra coisa.

No começo, tentei colocar em palavras o que sentia aqui dentro que era a minha grande missão:

“Construir a plataforma definitiva para lifehacking.”

“Transformar a vida das pessoas.”

“Conectar com a fonte da vida, Deus, em todos os meus atos.”

Foi quando percebi que o propósito é como o próprio amor que sinto: não dá para colocar em palavras.

Como escrito por Prem Baba: “é a própria fragrância do ser”, é como se fosse uma flor exalando um perfume, sem cessar.

Foi quando percebi que exalo meu propósito simplesmente existindo.

Ele transcende qualquer atividade ou racionalização da mente.

Eu atuo no meu propósito enquanto escrevo esse texto para você.

Eu atuo no meu propósito enquanto faço entrevistas para o Hack Life Cast.

Eu atuo no meu propósito quando dou aulas de Yoga, ou atendo meus clientes na massoterapia Ayurveda, realizo palestras, aulas e retiros.

Mas eu também atuo no meu propósito quando limpo o chão da minha casa.

Eu atuo no meu propósito quando limpo o xixi e o cocô do Hórus, meu cachorro.

Eu atuo no meu propósito quando deixo de lado todos os meus “quereres” e me sacrifico pelo próximo. Quando estou cansado, mas mesmo assim cozinho um jantar para a minha mulher que chega mais tarde em casa.

Eu atuo no meu propósito quando escolho amar a minha família, meus amigos e todos os seres vivos, todos os dias.

Às vezes a mente vem e brinca comigo, pensa que meu propósito lindo e grandioso seria virar um nômade digital, ganhar dinheiro e ficar viajando pelo mundo totalmente desapegado…

É um sinal para voltar para o aqui e o agora e lembrar do que é necessário, não do que é distração. E reafirmar o que é

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