Listen

Description

A gastrite emocional é um termo popularmente utilizado para descrever dores e desconfortos no estômago que surgem em momentos de estresse ou ansiedade.

Embora os sintomas possam ser intensos e muito semelhantes aos da gastrite fisiológica, é importante entender que emoções não causam inflamação no estômago, e, portanto, não configuram uma gastrite do ponto de vista médico.

Então, neste artigo, vamos esclarecer o que realmente acontece no organismo quando fatores emocionais afetam o sistema digestivo, como diferenciar uma gastrite de um quadro funcional relacionado ao estresse e o que fazer para aliviar os sintomas!

Afinal, a gastrite pode ser de origem emocional?

A chamada gastrite emocional é um termo bastante comum no cotidiano, mas não é reconhecida como um diagnóstico médico real. Embora emoções intensas como ansiedade e estresse possam provocar sintomas gástricos, elas não causam gastrite.

Segundo o Portal Drauzio Varella, as emoções podem estimular a produção excessiva de ácido no estômago, o que agrava desconfortos, especialmente em pessoas com sensibilidade gástrica.

Assim, essa hiperacidez pode resultar em sintomas como azia, má digestão, sensação de estufamento e dor abdominal, semelhantes aos da gastrite, mas sem que haja qualquer lesão ou inflamação real na mucosa estomacal.

Esse quadro é conhecido como dispepsia funcional, uma condição em que os sintomas são reais, mas os exames não indicam alterações estruturais. Ou seja, o problema é funcional, não orgânico, e está intimamente ligado ao estado emocional do paciente.

Então o que diferencia a gastrite de dores no estômago que surgem após situações de estresse?

A principal diferença entre uma gastrite "verdadeira" e as dores no estômago causadas por estresse está na presença (ou ausência) de inflamação na mucosa gástrica.

A gastrite é uma condição médica definida pela inflamação do revestimento interno do estômago, diagnosticada por meio de exames como a endoscopia digestiva alta. Já os desconfortos estomacais que aparecem em momentos de tensão emocional, embora dolorosos, não envolvem inflamação e, por isso, não são considerados gastrite.

Nesses casos, o que ocorre é uma alteração funcional no aparelho digestivo: o corpo responde ao estresse com a liberação de hormônios como cortisol e adrenalina, que afetam o funcionamento do estômago.

Enquanto a gastrite exige tratamento específico para combater a inflamação, os sintomas causados por estresse e ansiedade costumam melhorar com a redução dos fatores emocionais e o uso de medicamentos sintomáticos apenas quando necessário.

Quais outros sintomas gastrointestinais as questões emocionais podem causar?

O sistema digestivo é fortemente influenciado pelo nosso estado emocional. Então, situações de estresse, ansiedade e outras tensões psicológicas podem causar uma série de sintomas gastrointestinais, mesmo quando não há nenhuma doença física detectável.

Isso ocorre porque o cérebro e o intestino estão conectados por uma complexa rede de comunicação, que torna o trato digestivo extremamente sensível às emoções.

Portanto, alguns dos principais sintomas que podem surgir são:

Azia ou queimação: o aumento da acidez gástrica, provocado pelo estresse, causa sensação de queimação no estômago ou no esôfago.

Desconforto epigástrico: dor ou sensação de peso na "boca do estômago", sem causa alimentar clara.

Empachamento e saciedade precoce: o estômago parece cheio mesmo com pouca ingestão de alimentos.

Náuseas e enjoos: comuns em momentos de tensão, podendo ocorrer mesmo em jejum.

Vômitos: em casos mais intensos de ansiedade, podem surgir sem explicação médica objetiva.

Perda de apetite: frequente em períodos de sobrecarga emocional.

Gases, inchaço e arrotos: o funcionamento intestinal é alterado pelo estresse.

Diarreia ou prisão de ventre: o intestino pode reagir de forma extrema à ansiedade.

Sensação de "frio" ou "nó" no estômago: típica em momentos de preocupação ou medo.

Esses sintomas, quando não estão relacionados a uma caus...