Karla, da Costa Rica, desembarcou no Brasil em uma Quarta-Feira de Cinzas para uma temporada de dois anos. Ela encontrou uma casa cheia de gente de ressaca, com cabelo colorido, pessoas dormindo umas sobre as outras pelo chão... Ficou um pouco assustada ao chegar, mas depois viveu na pele aquela sensação pós-folia. E gostou muito! Ela preencheu a cartela de bingo com as experiências que um estrangeiro precisa passar para ser um folião raiz: perdeu o ponto de descida e foi parar no TIP Rio Doce, comeu macaxeira com charque na chuva, amou o Galo da Madrugada, aprendeu a cantar frevo e voltou para sua terra com uma sombrinha e com uma sensação de que carnaval não é só festa, é também manifestação política. Verônica, do Panamá, ficou impressionada com a multidão do Galo - um bloco com quase a metade da população do país dela. Soledad, da Argentina, desfez a ideia de que carnaval é uma festa perigosa e até hoje não entende onde se consegue tanta energia para a maratona. E Patrícia, outra argentina, queria ter ido a Maceió curtir a praia em 1994, mas acabou mesmo dentro do ônibus Rio Doce-Piedade lotado com as amigas em direção à Olinda conversando com o menino Pato. Essa história termina com um casamento e uma freira que sai às sextas-feiras de carnaval pelo Recife Antigo com uma sede danada de Pitu Cola (não perca o pós-crédito). // Siga @eudissefrevo no Twitter e no Instagram // Neste episódio, você ouvirá as seguintes músicas: Pagode Russo com a orquestra do maestro Risonaldo Verçosa, Beijando a Flora com Alceu Valença, A Gringa com Academia da Berlinda, Chuva de Sombrinhas com Elba Ramalho, Hino da Ceroula e Hino do Elefante na voz de Karla Salazar, novamente A Gringa com Academia da Berlinda e Frevo Nº 1 do Recife com Claudionor Germano.
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