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 Após a revolução de 1974, chegaram a Portugal milhares de portugueses. Vinham das antigas colónias de África. Alguns tinham nascido em Portugal, outros tantos apenas conheciam a ‘metrópole’ como o lugar de férias ou da família. 
Ficaram para sempre com o rótulo de ‘retornados’; e a carga negativa do nome espelhou a forma pouco humana como foram recebidos em Portugal. 
O episódio final desta ‘trilogia’, que teve o sociólogo Pedro Góis como ‘dupla’ de Ana Markl, é um retrato deste acolhimento e do pouco que ainda se fala, escreve e documenta sobre o assunto. 
É uma memória, um trauma coletivo que deixou marcas nas muitas pessoas que passaram a ser cidadãos de lugar nenhum, mas que tanto de bom trouxeram ao nosso país. Para ouvir com atenção e ficar a refletir na pergunta: como teria sido se, em vez de retornados, os tivéssemos considerado refugiados? 

 

REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS

Retornados:

Portugal e o regresso dos colonos de Angola e Moçambique

https://setentaequatro.pt/entrevista/elsa-peralta-os-retornados-brancos-viveram-o-paraiso-emafrica-mas-nao-passou-de-uma

RETORNADOS ou OS RESTOS DO IMPÉRIO

Integração de imigrantes em Portugal:

 

https://www.publico.pt/2023/02/23/opiniao/opiniao/reconstruir-sistema-imigracao-portugalreforcar-politicas-alterar-praticas-2040067

Daré, G. O. (2022). Direitos de cidadania dos imigrantes em Portugal. REMHU: Revista

Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 29, 179-192. 

https://doi.org/10.1590/1980-85852503880006311

https://www.scielo.br/j/remhu/a/qhrzr93pmy7QtfPDDDqkkGd/

 

Oliveira, Catarina Reis. Indicadores de Integração de Imigrantes 2022: Relatório Estatístico Anual. Observatório das Migrações, ACM, IP, 2022.

Alto Comissariado para as Migrações

Livros:

O retorno, Dulce Maria Cardoso

A gorda, Isabela Figueiredo

BIOS

ANA MARKL

Ana Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.

 

PEDRO GÓIS

Pedro Góis, doutorado, mestre e licenciado em Sociologia pela Universidade de Coimbra. È actualmente Professor Associado na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Investigador Sénior do Centro de Estudos Soci