O governo, os grandes monocultores e as empresas de agroquímicos vivem repetindo: agrotóxicos não fazem mal nem para a saúde humana, nem para o meio ambiente, desde que se respeite os limites seguros de resíduos. Só há um problema com essa afirmação: a ciência. “O governo associa a toxicidade do agrotóxico com mortalidade. O que eu estou dizendo é: mortalidade não é suficiente. Viver com anomalia não é um bom critério”, diz a imunologista e pesquisadora Mônica Lopes-Ferreira. Em estudo encomendado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mônica concluiu que não existe uma dose segura para o uso de agrotóxicos. E é ela, Monica, nossa convidada no podcast de hoje. O que mais a preocupa? O estado de contaminação da água potável brasileira. Sim, estamos bebendo centenas de agrotóxicos sem nem mesmo saber! Mônica é Doutora em Imunologia, Pós-doutora na área de Bioquímica e Farmacologia, Pesquisadora Científica Nível VI e Ex- Diretora do LETA do Instituto Butantan.