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Você já parou para pensar em como os paisagistas escolhem as plantas que compõe os jardins das cidades, casas e prédios? Qual o critério de seleção da "meia dúzia" de variedades que se repetem de norte a sul do país? Qual o sentido de usá-las se, em sua maioria, são tóxicas a humanos e animais de estimação, caso do Croton, Podocarpo, Singônio, Buchinho, Espirradeira, Pingo-de-ouro, Ofiopogo, Camarão amarelo, Palmeira fênix, Jibóia, Comigo-Ninguém-Pode, Copo-De-Leite, Bico-De-Papagaio, Dama-da-noite, Azaleia, Hera, Glicínia, Costela-de-adão e Antúrio? Por que, afinal, ainda insistimos em replicar um modelo de paisagismo estéril e tóxico?Quando comecei a me perguntar tudo isso e pesquisar sobre o tema, comecei também a conhecer uma nova linha do paisagismo, o Paisagismo Produtivo ou Comestível. Ainda incipiente no Brasil, o Paisagismo Comestível quebra a delimitação estanque entre horta e jardim, usa espécies locais e/ou adaptadas ao clima, torna a terra mais fértil ao ser pródigo em diversidade e garante ambiente seguro para qualquer ser vivo. Gera alimento E beleza - porque não há razão para não andarem juntos. Outro ponto importante: ao contrário dos jardins convencionais, que levam grande quantidade de agrotóxicos em sua manutenção (sim, os mesmos usados em lavoura, mas com ainda menos controle e fiscalização!), os jardins comestíveis são, em essência, orgânicos.Para conversar sobre Paisagismo Produtivo, meu convidado é Guilherme Ranieri. Guilherme é gestor ambiental, mestre em ciência ambiental, especialista em PANC, autor do livro MAtos de Comer - identificação de plantas comestíveis e mantém o perfil de instagram @matosdecomer. Ah, também foi o responsável por criar o projeto e executar a implementação dos jardins comestíveis da minha casa.

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