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"Ah, esse negócio de carne vegetal é um horror superprocessado"; "Comida e tecnologia não combinam"; "Querem nos vender comida fabricada como se fosse saudável".Você concorda com essas frases? Elas são proferidas por muita gente ligada a alimentação - e não poderiam estar mais equivocadas.TODOS os alimentos que consumimos tem tecnologia: e isso pode ser ótimo ou péssimo, dependendo da aplicação.Alimentos "tradicionais" como carne, leite e ovos são o resultado do emprego de diversas tecnologias, inclusive genética. Os frangos de hoje em dia, por exemplo, não são como os de antigamente: o melhoramento genético, que teve início na década de 1950, selecionou características específicas que tornaram as aves mais "eficientes" na conversão alimentar, desenvolveu mais carne em áreas 'nobre' (coxa e peito) e acelerou seu crescimento. As aves poedeiras modernas, "são desenhadas pelas mãos da genética, nutrição, sanidade e do manejo para atender aos anseios e a fome da crescente população do planeta”, segundo reportagem de uma revista de avicultura.Por outro lado, a agricultura regenerativa é uma evolução da agricultura orgânica que foca na produtividade aliada a vida ao solo, proteção e estímulo a diversidade alimentar e biodiversade e zero transgenia e agrotóxicos. Como isso é possível? Com muita tecnologia. Tecnologia de alimentos não é algo bom ou mau em si - é apenas uma ferramenta.De dez anos para cá, vemos cada vez mais o termo FoodTech, união de comida (food) e tecnologia (tech). Mas o que raios é um foodtech? Para que ela serve? Ela é aliada da sustentabilidade e da saúde ou vilã, que nos fornece comida de plástico?Para conversar sobre essa tema atualíssimo convidamos Fernando Santana, sócio-fundador da R&S Blumos - uma foodtech de ingredientes - e, como ele mesmo se define, ativista planetário e engenheiro de alimentos anormal.

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