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#084 – Existe na vida e na obra de Van Gogh uma tensão entre o amor ao redor do qual ele orbita – o pai, o irmão – e as cores do mundo. 

A cor talvez fosse o amor que Van Gogh podia oferecer. 

Era porque Van Gogh não conseguia amar diretamente, ou receber o amor diretamente, que ele buscava cores mais perto de onde estavam os pais, o tio, o irmão. 

A França era o país de Theo, e foi neste amor onde ele mais reconheceu a vida das cores, e também ali ele sofreu mais, ali estavam os corvos à espreita. 

A obsessão do artista pode ser lida como um sinal de seu desespero. É porque dentro dele uma tempestade se agita, que ele se agarra com mais intensidade às cores do mundo, às bisnagas que ele devora, à calejada paleta, à beleza lancinante do mundo da natureza. 

Mas mais uma vez: não podemos reduzir esta arte à loucura. Os quadros do pintor são sim uma espécie de transe religioso. 

Van Gogh era um xamã solitário, um xamã em busca de sua tribo perdida. 

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