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A discussão sobre o encarceramento no Brasil se torna cada vez mais urgente, especialmente quando analisamos a intersecção entre raça, classe social e o sistema de justiça criminal! ELI TORRES, policial penal federal e socióloga, oferece uma perspectiva crítica sobre como o sistema penal brasileiro opera de maneira seletiva, afetando desproporcionalmente a população negra e os grupos mais vulneráveis da sociedade. Neste diálogo, são abordados os paradoxos que permeiam a violência, a democracia e os direitos civis, revelando que, apesar dos avanços na democratização, a repressão e o endurecimento das políticas de segurança pública não resultaram em uma diminuição da violência. A pesquisadora argumenta que o aumento do encarceramento, impulsionado por legislações como a Lei dos Crimes Hediondos e a (nova) lei de drogas, não apenas perpetuam a marginalização de certos grupos, mas também fomentam uma cultura de violência que reverbera nas comunidades mais afetadas. As consequências dessas políticas são evidentes em dados alarmantes sobre homicídios e encarceramento, que revelam uma triste realidade: a população negra, especialmente os jovens, é desproporcionalmente impactada por uma abordagem punitiva que falha em abordar as causas subjacentes da criminalidade e da violência.

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